A paixão pelo transporte falou mais alto

Quem é apaixonado pelo setor de transportes conhece bem a expressão “o diesel corre nas minhas veias”. Imagine, então, quem vive nesse universo desde que nasceu? Foi assim com Francine Roman, CEO da Transportes Silvio. “O transporte sempre esteve na minha vida. Desde que nasci meu pai já era empresário do transporte, eu cresci o acompanhando em meio aos caminhões, e isso foi se tornando uma paixão”, conta.

Mas, ao completar 17 anos, Francine decidiu seguir novos caminhos e saiu de sua cidade natal, Concórdia, em Santa Catarina, para estudar Direito. Morou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, se tornou advogada, atuou na profissão por 10 anos. mas o diesel que corria em suas veias e a paixão pelo transporte falaram mais alto. “Não teve jeito. Acabei voltando para assumir os negócios da família. A princípio voltei para criar o setor jurídico dentro da empresa, depois assumi como diretora jurídica até chegar a CEO da empresa, que é o cargo que ocupo hoje”, explica Francine.

A empresa tem como foco o transporte internacional de cargas refrigeradas e secas nos países do Mercosul. E ao contrário do que muitos podem pensar, ela não se intimida por ser mulher à frente da gestão estratégica de uma empresa internacional em um setor predominantemente masculino. “Ainda existe uma certa resistência, de forma sutil dá para sentir. A impressão é de que a mulher já tem que provar alguma coisa para estar ali, o que não é verdade porque somos muito competentes em tudo o que fazemos. Encaro essa resistência com muita naturalidade, vejo que isso tem mudado aos poucos e acredito muito na força das mulheres e na nossa competência”, ressalta Francine, que além de CEO da Transportes Silvio é também Diretora da ABTI – Associação Brasileira de Transportes Internacionais.

Tanto que na Transportes Silvio 50% dos cargos de gestão são exercidos por mulheres. “Na empresa trabalhamos muito as pessoas, temos mais de 50% de mulheres nos cargos de gestão e isso é algo que prezamos muito. Acredito que essa junção é muito importante, são pensamentos diferentes, visões que se completam e a companhia só tem a ganhar em resultados quando conseguimos criar um ambiente diversificado”, destaca.

Nesta entrevista, Francine fala um pouco mais sobre a sua história de paixão pelo transporte e os desafios de ser mulher e CEO de uma empresa do setor. Confira:

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