A vida muda, mas a paixão continua

De norte a sul do Brasil, diversas cidades são conhecidas por abrigar e reunir caminhoneiros e apaixonados pelo transporte. São Marcos, no Rio Grande do Sul, atrai anualmente visitantes de todo o país e do exterior para a tradicional festa dos caminhoneiros. Tabuleiro do Norte, no Ceará, é conhecida como a cidade dos caminhoneiros, pela quantidade de motoristas que residem no município. E a exemplo dessas regiões que se destacam na categoria, Santa Catarina também dispõe de um município que respira estrada. É Celso Ramos, com apenas três mil habitantes, uma economia basicamente sustentada pela agricultura e um número bem expressivo per capita de caminhões.

É dessa cidade o apaixonado por Scania Luizangelo Grassi, de 47 anos. O seu amor pela marca e por caminhão começou ainda quando criança. “Meu pai tinha uma oficina, então a partir daí comecei a me interessar pela mecânica. Lembro que fiz na marcenaria do meu tio um caminhão de madeira, um modelo Scania. Também sempre tive o sonho de dirigir. Antes de pegar estrada, comecei ajudando a carregar caminhão de tabaco, até atingir a idade para me tornar motorista”, relembra.

Do sonho à boleia

Grassi começou a dirigir em 1992, como colaborador de uma empresa de transporte de graneleiros, onde ficou por três anos. Em 1995, fez sociedade com dois primos e montou o seu próprio negócio também no setor graneleiro. Nascia ali a Graslor Transportes, que está na ativa até hoje e possui o suporte das concessionárias Cavese e Mevepi, as duas Casas Scania da região. O primeiro caminhão da empresa foi um 112 HW, de 1991, o preferido de Grassi até hoje. “Ouvi uma vez na estrada que o melhor caminhão é o novo, porque se o mais velho fosse o melhor não teria por que produzir o novo. Mas eu tenho um carinho muito grande pelo meu primeiro veículo, foi a primeira conquista, deve ser por isso”, destaca.

Depois, em 1997, os sócios adquiriram o 113, e neste mesmo ano Grassi se casou e fez questão de produzir um ensaio fotográfico com a esposa em frente ao caminhão. Em 1999, os empresários trocaram o 113 pelo 113 Topline. “Esse caminhão estava agregado a uma cooperativa que puxava container. Então, pelo tipo de negócio e pela aquisição do novo caminhão, nós mudamos o nosso negócio e começamos a transportar container para todo o Brasil, carregamento que fazemos até hoje, além de baú que iniciamos em 2009”, explica.

A partir daí, Grassi e seus sócios foram trocando e comprando mais caminhões, sempre da marca Scania. “Já tivemos 124 e alguns da linha R. Hoje temos na frota três caminhões, todos R440”.

Convidado de honra

Foi com um R440 que ele repetiu, este ano, em que a Scania completa 65 anos de Brasil, o ensaio fotográfico feito para comemorar as bodas de prata com a esposa. “Minha irmã tem um estúdio fotográfico, sabe o quanto eu admiro a Scania, então deu a ideia de repetir o ensaio para celebrarmos os nossos 25 anos de casados e eu adorei. Além de o Scania ser o melhor na média de combustível e na manutenção, é um caminhão lindo, perfeito para fotografar. Inclusive ele foi um convidado especial: fui com o caminhão para as bodas”, afirma.

Grassi parou de dirigir em 2007, quando ingressou na carreira política. Tornou-se vereador e hoje é prefeito da cidade de Celso Ramos. Atualmente são os colaboradores que dirigem os caminhões da Graslor, mas o amor pela marca continua. “Foi amor à primeira vista. Já trabalhei com outras marcas, mas não é igual. O caminhão Scania é o melhor para se trabalhar”, finaliza.

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