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[ Fazendo História ] -- 27/12/2022
[
Texto: Simone Leticia Vieira / Fotos: Scania ]
Vivendo um sonho da infância
Do sonho da infância ao volante e do volante aos treinamentos: Luana da Silva Paiva é motorista Master Driver da concessionária Escandinávia de São José do Rio Preto e nesta entrevista exclusiva ela conta mais da sua história de vida e trajetória profissional.
“A minha paixão por caminhão não veio de família, foi sonho de infância mesmo. Aprendi a dirigir num Scania 112, e
de lá para cá a paixão por Scania só aumentou. Hoje eu sou a única Master Driver mulher do Brasil e me sinto
privilegiada de representar a classe feminina.” Você pode até não ser do setor de transportes, mas certamente vai se
inspirar com a história da dona desse depoimento. Luana da Silva Paiva é motorista Master Driver da concessionária
Escandinávia de São José do Rio Preto e é com ela que a Revista Jornada conversa hoje.
Com um sorriso largo, uma energia e alegria contagiantes e o brilho nos olhos de quem é apaixonada pelo que faz,
Luana contou a sua trajetória de vida até chegar ao cargo que ocupa hoje como Master Driver. O que era um sonho da
infância, se transformou em realidade e ainda em novos sonhos. Ela somou todo o aprendizado adquirido ao volante,
adicionou as experiências vividas com os desafios da estrada, multiplicou e desenhou o seu próprio caminho para
agora dividir todo o seu conhecimento – que nunca para de crescer – com outros motoristas do Brasil por meio dos
treinamentos que ministra.
Confira essa entrevista e inspire-se, neste início de ano, a realizar, você também, os sonhos de infância que ainda
não viraram realidade em sua vida.
Luana, há quanto tempo você está no setor de transportes? Como e quando foi o início da sua carreira?
Hoje eu tenho 31 anos de idade, mas estou desde os 19 no setor. Sou paranaense e comecei como motorista de caminhão,
puxando truque na minha região. Tive um pouquinho de dificuldade na minha trajetória porque ninguém na minha família
era motorista. Aos 21, saí direto para o bitrem, não passei pela carreta LS. O primeiro caminhão baú que dirigi eu
puxava maravalha, no fardo. Então eu ia para as granjas, carregava e descarregava o veículo, era muito sofrido.
Depois eu fui para o graneleiro e carregava adubo, milho, soja e aí comecei a rodar um pedaço maior do Brasil e
conhecer mais o nosso país. Depois eu fui para o tanque, para o transporte de combustível, onde fiquei por dois
anos, e voltei para a carga seca, pela paixão pelo segmento em que comecei. E por fim fui para o sider, que foi o
último que transportei, sempre trabalhando em empresas.
E o primeiro de todos os caminhões nessa trajetória foi um Scania?
O primeiro caminhão que dirigi na vida foi um Scania 112 jacaré, aprendi a dirigir nele.
Foi assim que começou a sua paixão por caminhões e pela Scania?
Minha paixão veio de um sonho da infância. Minha família sempre morou em sítio, eu via os caminhões passarem na
rodovia e ali já sonhava em ser motorista. Até o meu brinquedo preferido era um caminhão.
Como você chegou na Escandinávia?
A última empresa onde eu trabalhei foi a Horizonte Transportes, da cidade de José Bonifácio, em São Paulo, e o time
da Casa Scania Escandinávia era muito próximo do meu ex-patrão. Em questão de média eu sempre fui muito bem. Daí
eles me convidaram para a vaga e eu aceitei a proposta, até porque eu já fazia treinamentos, formei algumas mulheres
motoristas. Então, como eu já executava esse tipo de trabalho, topei o novo desafio, com a cara e a coragem. Já
estou há um ano e meio na Escandinávia. Eu sou apaixonada pela Scania e trabalhar agora com a marca só fez a minha
paixão aumentar ainda mais.
Como é para você ser a única mulher Master Driver da Rede de Concessionárias no Brasil?
É uma responsabilidade e tanto. Me sinto privilegiada de representar a classe feminina e fico muito feliz pelo fato
de estarem cada vez mais abrindo as portas para este público. É bom a gente estar ali, representando as mulheres. E
que venham mais mulheres para o setor, eu torço por isso.
Ainda existe preconceito com a mulher no setor? Ou você não passou por nenhuma situação preconceituosa pelo fato de
ser mulher e estar no cargo em que está?
Ainda existe. Atendemos muitas empresas grandes para dar treinamentos. Eu passo o teórico em sala, depois o
treinamento prático. A maior dificuldade é lidar com os profissionais que já estão ali com 30, 50 anos de carreira.
É uma geração mais antiga e com a cabeça mais fechada. Eles olham pra mim e falam “o que essa menina vai me
ensinar?” Mas assim que começo a passar conhecimento, esse preconceito cai por terra.
Como é o seu dia a dia como Master Driver?
Eu chego na concessionária, recebo os veículos novos, direto da fábrica, faço a conferência de cada um deles. Também
faço as entregas técnicas, explico os detalhes do veículo. Faço o Driver Services, quando o cliente compra o pacote
e vamos dar o treinamento teórico e prático para os motoristas da empresa. E ainda atuo como Driver Coaching,
atendendo a equipe interna do cliente. Por exemplo, se a empresa tem 200 motoristas, eu atendo todos os 200 no
coaching, mensalmente ou semanalmente, conforme o cliente desejar. Minha rotina é bem corrida e a troca de
conhecimentos e experiências é diária. É por isso que eu também estou sempre me aperfeiçoando, para ter cada vez
mais conhecimento para dividir.
Como foi quando você chegou à Escandinávia? Fez algum curso específico para ser Master Driver?
O tempo que tenho de estrada me ajudou muito porque já tenho a vivência prática. Mas quando entrei na Escandinávia
fiz vários cursos teóricos, formação de instrutores e sigo sempre estudando e me atualizando. É uma eterna
faculdade, a evolução está aí e a gente não para nunca.
O que mais te encanta na sua profissão?
Eu amo estar na estrada e viajar. E o meu trabalho também inclui viajar, então não perdi essa parte que é tão
prazerosa pra mim. Mas eu amo também passar conhecimento para as pessoas. Ouvir de uma pessoa um “obrigado por ter
me ajudado” é satisfatório. É muito bom poder ajudar alguém, passar o novo para um profissional e saber que estou
tanto ensinando como apreendendo. Torço muito também pelas mulheres. Fico tão feliz quando vejo as meninas vindo
para a estrada ou atuando como instrutoras. É muita felicidade saber que estamos ganhando espaços e crescendo
juntas. A porta está aberta e eu espero que essa presença feminina seja cada vez maior no setor de transportes.
Comentários
Paulo Miguel Figueiredo Dias:
Parabéns a Luana pela realização de seu sonho. E a Scania, através da Escandinavia, por fazer parte dessa jornada de sucesso na vida de várias pessoas por esse Brasil como eu! Sou uma dessas pessoas.
Parabéns Luana e sucesso.
Parabéns a Simone que através da Revista Jornada tem descoberto vários talentos.
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