Jornada Scania
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[ Soluções de Transporte ] -- 18/11/2021
[ Texto: 528 Comunicação Com Propósito / Fotos: Scania ]

O que a indústria de caminhões espera de 2022?

Cenário 2022 é tema da Rota Digital Fenatran. Veja a leitura da Scania para o momento atual e algumas das perspectivas do mercado para o próximo ano
Que Brasil se imagina para o próximo ano? Sairemos desse mar revolto para um contexto pós-pandêmico mais otimista? O que a indústria de caminhões espera de 2022? Essa foi a temática central de mais um painel da Rota Digital Fenatran.
O encontro reuniu grandes nomes do setor de transportes para um debate sobre as expectativas de mercado diante do cenário que estamos vivenciando em 2021 e quais as projeções para o ano que vem vindo. Silvio Munhoz, Diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil, marcou presença no evento. Confira:
Qual é a expectativa da Scania para volumes de vendas no fechamento deste ano de 2021? E qual a expectativa da marca para 2022?
Silvio Munhoz: Esse ano a previsão da Anfavea está em torno de 130 a 140 mil unidades no mercado total. Para o ano que vem, a projeção de vendas de caminhões estará muito atrelada à curva do PIB, que caso se mantenha em 1,5 a 2%, o crescimento de vendas de caminhões não será muito significativo.
Como você avalia a chegada do Euro 6 ao Brasil no ano que vem?
Silvio Munhoz: Trata-se de um sistema de catalisação mais rigoroso e mais caro para ser feito, então o impacto de custo vai haver em todo o mercado. Mas também sabemos que haverá uma contribuição importante para a redução de emissão de poluentes. A velocidade com que o mercado vai aderir a essa tecnologia depende da relação preço do bem x preço do frete e para isso dependemos de como vai caminhar a economia.
Estamos em evolução contínua e transformando a forma de gestão da frota de nossos clientes.”
Silvio Munhoz, Diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil
Na sua opinião, quais são melhores opções de financiamento nesse cenário econômico, com a taxa Selic explodindo, o dólar alto, e o panorama instável de 2022?
Silvio Munhoz: Tínhamos o CDC como um grande agente financeiro, um meio de financiamento de caminhões, um pouco mais de 80% dos veículos eram adquiridos por meio de CDC. Com a subida da Selic, o quadro começa a se inverter, e com taxas mais competitivas as pessoas mudam para o financiamento Finame. A perspectiva é de que teremos o Finame tomando conta da situação até ter uma modalidade dando mais segurança ao transportador. O que se ouve dos bancos é que a curva de juros é uma grande determinante desses custos embutidos da compra futura. Então enquanto a taxa estiver subindo, a tendência é o cliente ir para o Finame.
A Scania tem tido uma história de sucesso com o caminhão movido a gás. Como tem sido essa experiência de vendas nesses últimos anos?
Silvio Munhoz: Tem sido uma experiência muito bem-sucedida. Apresentamos o caminhão a gás ao lançarmos a Nova Geração de Caminhões Scania no final de 2018. Na última Fenatran presencial, em 2019, começamos a receber os primeiros pedidos. Na feira, tivemos algumas vendas e depois um aquecimento lento da procura e interesse por caminhões, muito orquestrada por grandes embarcadores que têm compromissos com Science Based Targets ou com o Acordo de Paris, e que foram sendo envolvidos. Hoje vários transportadores nos procuram porque já encontram um mercado para oferta de um frete mais sustentável. Tivemos um crescimento exponencial das vendas nos últimos seis a oito meses e tanto quanto o diesel, o gás também sofre com a falta de componentes que todo o mercado está enfrentando. Então também temos tido entregas postergadas, mas temos sido positivamente surpreendidos com o interesse na capacidade que houve de reunir vários atores da cadeia do gás – produtores, distribuidores, fabricantes, se unindo para viabilizar a distribuição do gás. Fora a grande aposta do biometano, que aí sim teremos um salto em sustentabilidade ambiental, muitas vezes comparável ou até mais sustentável que a energia elétrica, que dependendo da fonte, como acontece na Europa, deriva da queima de carvão. O Brasil tem esse potencial. A possibilidade de produção do biometano é muito regionalizada, então vemos um grande avanço no caminho da sustentabilidade não só ambiental, mas social e econômica no transporte.
Existe uma tendência no transporte para alugar caminhões ao invés de comprá-los?
Silvio Munhoz: Eu não diria que é uma tendência generalizada, mas sim vem crescendo em certos segmentos de transporte. Temos já há algum tempo algumas empresas de mineração fazendo aluguel de caminhão, prática derivada das máquinas amarelas, de grande preço, em que o aluguel é quase a única forma de viabilizar o uso. Essa prática começou a permear o segmento de cana, se mostrou viável e algumas empresas dedicadas a aluguel tem investido nisso. Há um desafio para o segmento rodoviário em que o aluguel tem barreiras até culturais para entrar nesse mercado. Mas é algo que temos prestado atenção. Nos Estados Unidos é muito comum o aluguel de caminhões pesados, na Europa isso vem crescendo também. Não diria que é uma tendência, mas algo a que estamos atentos porque grandes empresas estão investindo no mercado nesse sentido.
Como você entende essa revolução da informação e do mundo, que também se estende ao mundo dos transportes?
Silvio Munhoz: A revolução da informação já vem acontecendo há algum tempo, com mais regulamentações para proteger a privacidade da informação de cada um de nós. Mas vejo também uma revolução que começou e vem tomando corpo que é a questão da sustentabilidade e do movimento ESG, que há dois anos ninguém falava e agora as empresas querem adotar metodologias e se mostrar ao mercado como defensoras do meio ambiente. Então essa evolução vem de forma muito sutil, abrangendo todos os segmentos da economia, inclusive o nosso. Clientes nossos já estão preocupados com as embalagens que vão descartar, por exemplo, e sabemos que nós, com o transporte, somos elemento fundamental em todo o processo, contribuindo local e globalmente. Somos parte do problema, temos que ser parte da solução. Todos estamos investindo muito dinheiro para buscar soluções sustentáveis e precisamos encontrar aquilo que combina com a realidade socioeconômica brasileira, que não é a mesma que a de outros países. Essa consciência e busca de uma solução mais adequada é fundamental, na Scania nos dedicamos a isso, e o Brasil precisa que a gente trabalhe nesse sentido. Temos alguns problemas e se pudermos avançar nessa contribuição, melhorando a sustentabilidade social e ambiental, sem impactar na econômica, certamente daremos um grande avanço para essa revolução acontecer.

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