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"Se não nos transformarmos, os negócios não sobreviverão. Não basta incluir sustentabilidade em alguns aspectos da sua empresa, mas sim, necessitamos integrar esse valor e objetivo no core do negócio." Assim Henrik Henriksson, CEO Global da Scania, encerrou o ACtion4Climate High-Level Talk, evento realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU, com apoio da Scania. Mas este poderia ser também o início de uma longa conversa se pensarmos no melhor caminho para a recuperação da economia global e para o nosso futuro.
O encontro, que reuniu líderes empresariais para dialogar a respeito das tendências da retomada econômica do cenário pós-Covid, deixou claro: o momento de agir é agora. E nós somos parte da solução. Para a recuperação acontecer, não há outra alternativa que não seja a sustentabilidade. Na prática, isso significa ser capaz de ter rentabilidade, interagir com o mundo sem comprometer o que as gerações futuras vão viver e preparar o ambiente que se quer ver logo mais.
“O ano de 2020 foi anunciado como um ano crucial para o planeta no combate ao aquecimento global. No entanto, fomos surpreendidos por uma emergência sanitária global, uma pandemia que atacou a sociedade, a economia e o meio ambiente. A pandemia tem exacerbado as desigualdades de todo tipo e frente aos novos desafios ninguém pode ficar indiferente. É uma questão de retomada mais consciente e de construir melhor mais para a frente, mas de gerar mudanças sistêmicas no nosso consumo, para criar estruturas consolidadas. O setor privado deve se engajar ativamente para apoiar essa necessidade de transição para uma economia de baixo carbono. Será uma construção coletiva de soluções, capacidades e parcerias com este mesmo objetivo”, afirmou Nick Fabiancic, coordenador-residente do sistema Nações Unidas no Brasil.
Outros importantes nomes da sustentabilidade mundial fizeram ricas contribuições durante o debate com apresentações sobre tendências globais, responsabilidade empresarial e oportunidades para os negócios.
O Prof. Dr. Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático, foi um deles. Em sua análise, a crise que temos enfrentado está inteiramente relacionada às mudanças climáticas também vivenciadas em todo o globo. “Hoje podemos dizer que a crise de clima está muito ligada à crise do coronavírus e a uma crise do ecossistema. A única maneira de reduzir os riscos de saúde, de segurança, de possibilidades, de dar algo errado com a economia e com os empregos é com um ecossistema mais forte. A frequência de pandemias e doenças que vêm das zoonoses, como o coronavírus, Sars, Ebola, vão aumentar e muito rapidamente. E por que? Porque isso resulta da intervenção humana na atmosfera”, explicou.
Para Rockström, não se trata apenas de riscos ambientais, mas também de segurança. “A degradação do meio ambiente impacta na segurança do mundo inteiro e envolve questões sociais como deslocamento e migração. E isso é muito maior do que a gente imagina porque está tudo interligado. Estamos montando um modelo de governança novo para fazer a transformação para o futuro. E para isso precisamos trazer esses riscos sistêmicos para os modelos de negócio para juntar os objetivos. Temos que ser defensores do planeta”, ressaltou.
Pavan Sukhdev é presidente da WWF Internacional e embaixador da boa vontade do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e durante o encontro também reforçou este senso de urgência, apresentando como as empresas se encaixam nesse novo momento. “Vemos a democratização do conceito de sustentabilidade que nunca havíamos vimos antes. Agora as empresas estão buscando isso como propósito e não só visando o lucro. Se nós auxiliarmos, podemos realmente redesenhar a economia. E o Brasil tem papel fundamental nisso, pois é a capital global do capital natural. A Amazônia tem a maior floresta e está em risco por conta das mudanças climáticas”, pontuou o executivo.
Segundo Sukhdev, há ainda algumas ações que podem ser colocadas em prática aqui e agora. “Temos que nos concentrar em quatro pontos: no uso de energia sustentável; na sustentabilidade alimentar, ou seja, no consumo de produtos naturais; na sustentabilidade empresarial, medindo o desempenho das partes interessadas; e na sustentabilidade financeira, olhando para os impactos. É o caminho para termos uma economia verde e igualitária e nos salvarmos desse conflito com o meio ambiente e as futuras pandemias”, destacou.
A jornada da Scania, aqui e agora
Para a Scania, a chamada economia verde já começou. “Sabemos que o sistema de transportes é parte do problema, então, queremos ser parte da solução. Entre as ações, revisamos nossos objetivos conforme o Science Based Targets. Estamos tentando reduzir nossas emissões em 50% a cada década e não estamos comprometidos somente com as nossas operações. Eu diria que essa é a menor parte: 5% é o que nós fazemos na produção dos nossos ônibus e caminhões, os outros 95% são esses veículos nas estradas. Então temos um forte compromisso de reduzir as emissões dos nossos consumidores”, afirmou Henrik Henriksson. ?"Há muitos bons exemplos no Brasil de reutilização de resíduos para produzir combustíveis alternativos, como biometano. Um perfeito exemplo é a operação da Cocal", comentou.
“Estamos empenhados, também no Brasil, em conduzir os nossos clientes ao longo da transformação para um setor de transportes mais sustentável. O Action4Climate é uma oportunidade de levar até eles informações sobre como promover mudanças no mundo dos negócios que estão diretamente relacionadas à sustentabilidade, movimentando desta forma transportadores e embarcadores, importantes elos da cadeia de valor da Scania”, complementa Roberto Barral, Vice-Presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil.
Após o encontro, transmitido ao vivo pelo canal da Rede Pacto Global no YouTube, cerca de 30 CEOs se reuniram, em um evento fechado e exclusivo para as empresas signatárias do Pacto Global, do qual a Scania faz parte desde 2019. O intuito foi dar continuidade aos debates na busca por soluções práticas e efetivas para a atuação empresarial, abordando a importância do combate às mudanças climáticas para a retomada econômica.
Se você não conseguiu acompanhar o evento ao vivo, veja aqui a gravação completa da transmissão:
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