Utilizamos apenas os cookies do Google Analytics para analisar nosso tráfego. Ao clicar em "Aceito",
você concorda em dar seu consentimento para que todos os cookies sejam usados e as informações sejam
compartilhadas com o Google Analytics.
[ Sustentabilidade ] -- 28/10/2022
[
Texto: Assessoria de Imprensa Scania Latin America / Fotos: Scania ]
Scania fecha parceria com Raízen para utilizar 100% de biometano em sua operação industrial
Empresas se unem na pauta por um mundo Net Zero e, por meio do acordo, a fabricante sueca de veículos pesados substituirá o uso de gás natural por biometano nas operações da empresa que, somada a outras iniciativas, irá superar a meta de redução de 75% das emissões de CO2 na planta de São Bernardo do Campo/SP até 2025.
A Scania, referência mundial em transporte e logística sustentável, e a Raízen, empresa integrada de energia e
referência global em bioenergia, firmaram uma parceria que viabilizará o fornecimento de biometano para utilização
na operação industrial da fabricante de veículos pesados em São Bernardo do Campo/SP a partir de 2024.
O contrato estabelece o fornecimento médio de 7.800 metros cúbicos de biometano por dia, volume que representa 100%
do consumo da fábrica da Scania. A medida é uma das ações que a empresa sueca tem adotado para cumprir suas metas de
descarbonização. “Vínhamos nos preparando para migrar para o biometano, fazendo testes e estudando maneiras para
adquirir essa energia renovável de maneira estruturada. A abertura do mercado livre de gás nos possibilitou um novo
modelo de negócio, fizemos uma consulta de mercado e depois de meses de negociações e aprendizados, finalmente
fechamos esse acordo, que nos coloca em uma posição de pioneiros”, destaca Christopher Podgorski, Presidente e CEO
da Scania Latin America.
Nos últimos anos a Raízen vem reforçando seu papel no mercado como uma empresa provedora de soluções de energia e
renováveis e, com metas similares às da Scania, a companhia tem focado em apoiar clientes e parceiros na
descarbonização e transição para uma matriz energética mais limpa. “Desde sua formação, a Raízen já evitou a emissão
de 30 milhões de toneladas de CO2 e temos como objetivo ser um parceiro estratégico para ampliar o
potencial e incentivar a jornada de descarbonização de nossos clientes, contribuindo para a construção de uma matriz
cada vez mais limpa”, afirma Paula Kovarsky, Vice-Presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen.
A Raízen possui metas sociais e ambientais estabelecidas para 2030, na década da ação, com destaque para os
compromissos relacionados às mudanças climáticas com alvo na redução da pegada de carbono dos nossos produtos que
nos permitirão ter 80% do EBITDA ajustando vindo de negócios renováveis. “É um orgulho estar ao lado da Scania, uma
empresa referência em seu segmento, ajudando nesta trajetória”, completa Paula.
O acordo entre as empresas é consistente com as metas climáticas de curto prazo assumidas pela Scania e aprovadas
pela Science Based Targets initiative (SBTi) de reduzir em 50% a emissão de gases de efeito estufa de suas operações
industriais e comerciais até 2025 (com base em 2015), considerando as emissões próprias (escopo 1) e as de energia
adquirida (escopo 2); e reduzir em 20% as emissões de carbono equivalente na frota circulante (ônibus e caminhões
produzidos pela empresa que rodam nas mãos de terceiros), com foco no escopo 3 (emissões indiretas).
“São metas desafiadoras que nos levam a inovar, investir em tecnologias e desenvolver soluções que ajudem outras
empresas a também reduzirem suas emissões. Independentemente do quanto cresceremos, nossas ações giram em torno de
eficiência energética, transição de combustíveis fósseis para renováveis e contratos de energia limpa”, explica
Christopher Podgorski.
Substituto para o gás natural, diesel ou GLP, o gás natural renovável é produzido a partir do reaproveitamento de
resíduos da cana-de-açúcar, com potencial para reduzir mais de 90% das emissões diretas de GEE (gases de efeito
estufa) ao substituir combustíveis fósseis, sendo uma solução sustentável, capaz de acelerar a descarbonização de
diversos setores de forma eficiente.
“Toda a nossa produção é baseada na economia circular. Utilizamos esse conceito como uma ferramenta para produzir
cada vez mais utilizando a mesma área plantada de cana, garantindo assim a otimização e aproveitamento dos recursos
naturais e contribuindo para um futuro mais sustentável”, comenta Raphaella Gomes, CEO da Raízen GEO Biogás,
responsável pela produção do biometano.
No total, cinco operações da fábrica da Scania utilizam, atualmente, o gás natural: nos testes de caminhões a gás,
na pintura de cabinas, no abastecimento de veículos industriais, na geração de vapor, nos restaurantes e na frota de
veículos próprios da Logística da Scania.
“Focada nos compromissos de redução de emissão de poluentes, a empresa seguiu procurando, dentro de suas estruturas,
onde estavam os maiores emissores e quais soluções poderiam ser incorporadas para avançarmos na transição.
Identificamos que a maior emissão de CO2 nas operações industriais é relacionada ao uso do gás e o
biometano se mostrou uma solução”, conta Debora Tanaka, gerente de projeto de sustentabilidade e coordenação de
parcerias estratégicas da Scania Latin America, uma das responsáveis pela implementação do acordo.
O acordo entre as empresas vai permitir que a Scania adquira moléculas de biometano diretamente da Raízen e, da
mesma forma que ocorre com o mercado livre de energia, utilizará um sistema de distribuição, neste caso, da Comgás,
a quem a Raízen solicitará um estudo de viabilidade técnica e econômica. “Até então, comprava-se biometano com
entrega física sobre rodas. Para os testes, utilizamos carretas de biometano comprimido nos pontos de abastecimento
de nossas operações e conseguimos comprovar que o uso do biometano é 100% intercambiável com o gás natural, não
altera em nada o desempenho dessas operações e ainda é 100% limpo”, conta Debora.
Para cumprir os desafios, a Scania estabeleceu seis Metas Ambientais Corporativas até 2025: energia elétrica livre
de fósseis em 100% das operações até 2020 (meta atingida em 2016, quatro anos antes do objetivo inicial); redução de
50% das emissões de CO2 no fluxo logístico terrestre por tonelada transportada (meta atingida em 2021);
reduzir 25% o uso de energia nas operações industriais; reduzir 50% a geração de resíduos não reciclados por unidade
produzida (ou 25% em valores absolutos); reduzir 40% no uso de água por unidade produzida; e reduzir 75% das
emissões de CO2 das operações industriais de escopo 1 e 2.
“O uso de gás natural nas nossas operações representará em torno de 60% das emissões totais de 2022. Com a
substituição por biometano, somada às demais iniciativas, conseguiremos atingir os objetivos estabelecidos de
redução de emissões de CO2 até 2025 para os escopos 1 e 2. Trata-se, portanto, de mais um objetivo que
iremos superar”, revela Christopher Podgorski.
Biometano: o “pré-sal caipira”
Ainda pouco disseminado no Brasil, o biometano é um combustível renovável derivado do refinamento e processamento do
biogás – composto pelos gases metano (entre 50% e 70%) e dióxido de carbono (30% a 50%), produzido a partir de
resíduos orgânicos decompostos por bactérias em biodigestores. Obtido a partir de um processo de purificação, com a
retirada de gás sulfídrico, dióxido de carbono e umidade (vapor de água) do biogás, o biometano tem a mesma
especificação do gás natural e poder de combustão maior que o biogás.
Biocombustível com comportamento semelhante ao GNV (gás natural), o biometano pode ser utilizado em substituição aos
combustíveis fósseis. Ele é, inclusive, uma das soluções no mix de tecnologias já desenvolvidas ou em
desenvolvimento identificado pelo estudo “Transporte comercial net-zero 2050: caminhos para a descarbonização do
modal Rodoviário no Brasil” – realizado pela Scania em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e a Bain & Company
– capazes de zerar as emissões de caminhões e ônibus no Brasil até 2050.
Entre as soluções indicadas pelo estudo – biometano, diesel renovável (HVO), veículo elétrico a bateria (BEV) e
células de combustível de hidrogênio (FCEV) – o biometano é o que está em processo mais avançado no Brasil, já
regulamentado e com grande potencial de produção no país. “A tecnologia já existe e o Brasil tem potencial de
biomassa e biogás gigantesco, o maior do mundo. É preciso ampliar o desenvolvimento de infraestrutura e
investimentos em estudos, aplicações e apropriação dessa solução incrível que é o biometano, nosso ‘pré-sal
caipira’”, destaca Podgorski.
Segundo a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o potencial de produção do Brasil é de 44,1 bilhões de Nm3
anuais a partir de quatro setores econômicos: sucroenergético, produção agrícola, proteína animal e saneamento. No
entanto, apenas 2% são utilizados, representando menos de 0,01% da matriz energética do Brasil – o país desperdiça
100 milhões de m³ de metano renovável por dia, que equivalem a 35% da energia elétrica consumida no Brasil e 70% do
diesel. O termo ‘pré-sal caipira’ é utilizado para qualificar o potencial do aproveitamento de resíduos da
agropecuária para a produção de biometano, que teria escala semelhante à de um poço de petróleo do pré-sal.
Planta de biogás da Raízen no parque de bioenergia Bonfim, em Guariba (SP)
Planta da Scania em São Bernardo do Campo/SP usará biometano em suas operações
Compartilhe
Envie seu comentário para ser publicado
Ao preencher o formulário, autorizo a utilização dos meus dados para envio de comunicações
relacionadas aos meus
interesses e concordo com a Declaração de
Privacidade.
* Você pode revogar seu cadastro a qualquer momento.