Jornada Scania
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[ Acontece na Scania ] -- 28/03/2022
[ Texto: Simone Leticia Vieira / Foto: Gerdau ]

“Todo desafio é uma oportunidade de crescermos”

Conheça a história de Amanda Aparecida de Resende, motorista de caminhão profissional que atua na operação de mineração da produtora de aço Gerdau, em Minas Gerais, e entenda por que, para ela, não existem barreiras e sim oportunidades para a mulher no setor de transportes.
O ambiente é bruto e o caminhão também. Mas ela não se intimida, pelo contrário: é lá que ela se realiza como profissional e constrói a sua própria trajetória, além de contribuir para um dos importantes marcos da história da mineração no Brasil. Aos 27 anos, Amanda Aparecida de Resende é, com muito orgulho, a motorista profissional do Scania G 410 6x4 movido a gás natural veicular (GNV) que atua na operação de mineração da produtora de aço Gerdau, em Minas Gerais.
“Na mina Várzea de Lopes, em Itabirito (MG), onde eu trabalho, a Gerdau foi a primeira produtora de aço brasileira a utilizar um caminhão movido a gás da Scania em sua operação de mineração. Eu tenho a honra de estar na equipe de motoristas da companhia desde o início, em 2019, e de fazer parte dessa história”, afirma Amanda.
Ela foi selecionada pela Fagundes, empresa terceirizada da Gerdau responsável pelo veículo, por ser a motorista mais habilidosa e experiente para dirigir este tipo de caminhão, entre todos os que se candidataram à vaga, um grupo de maioria masculina. Atualmente, só ela e uma outra motorista mulher pilotam esse caminhão durante o turno do dia.
A bordo do Scania, Amanda chega a rodar entre 70 a 120km por dia, em uma jornada de oito horas, para fazer o transporte de 25 toneladas de minério estéril em um trajeto que vai da mina Várzea de Lopes, em Itabirito, até a planta da Gerdau. “É um caminhão moderno e extremamente seguro e confortável. Sinto um grande prazer em dirigi-lo durante a minha jornada de trabalho, podendo utilizar de duas características pessoais que eu valorizo, que é a agilidade e a segurança”, conta.
Confira a entrevista e inspire-se na força dessa profissional que entende que os desafios de estar no setor de transportes como mulher são, na verdade, grandes oportunidades:
Acredito que todo desafio é uma oportunidade de crescermos, de nos superarmos e nos tornarmos melhores como profissionais e pessoas.”
Amanda Aparecida de Resende, motorista de caminhão profissional
Como é estar em um meio essencialmente masculino?
A Gerdau tem trabalhado para ser uma empresa cada vez mais inclusiva e diversa e já tem importantes avanços que são sentidos por todas nós, colaboradoras, pois é uma companhia que tem a diversidade e a inclusão como valores estratégicos. Nos tornarmos cada vez mais comprometidos e engajados, já que isso agrega valor e cria um ambiente de confiança. Sinto que todo profissional que trabalha na Gerdau acredita de fato que sem diversidade não há inovação.  
Quais os principais desafios da sua profissão?
Para uma mulher há sempre muitos desafios, mas para mim eles não existem, pois, as dificuldades sempre me motivam. Isso me faz bem. Embora muita gente pense que a profissão seja só de homem, sempre contei com o apoio da empresa e da minha família. A Gerdau é uma empresa especial que compreende e respeita a diversidade. Além disso, vejo que a empresa se importa, no dia a dia, com a capacitação e o desenvolvimento de todo profissional, homens e mulheres, de forma igualitária. 
Quais desafios você considera mais difíceis pelo fato de ser mulher?
Como já disse, não vejo esses desafios como uma dificuldade, uma barreira intransponível – ao contrário! Acredito que todo desafio é uma oportunidade de crescermos, de nos superarmos e nos tornarmos melhores como profissionais e pessoas.
Já enfrentou preconceito por ser mulher e trabalhar em um setor predominantemente masculino?
Não, nunca. Não sou de me importar muito com o que as pessoas pensam. Quando acontece algum comentário do qual não gosto, sigo em frente e continuo a fazer o que já estava fazendo, com a mesma dedicação e o mesmo pensamento de entregar o meu melhor até o final da minha jornada de trabalho.
De que forma você acredita inspirar outras mulheres na sua profissão ou com o seu trabalho?
Ser uma mulher dentro de uma profissão predominantemente masculina por si só já é uma coisa inspiradora, não é mesmo? Nos empodera e nos remete ao respeito que se deve ter em relação ao papel da mulher na sociedade e na busca pela equidade de direitos. A partir da minha história e trajetória profissional e pessoal, busco contribuir para que outras pessoas com as quais convivo possam se encorajar a conquistar o seu próprio espaço. As mulheres da minha família e minhas amigas vivem me elogiando, me incentivando. Da minha parte tento passar todo o meu entusiasmo e que elas possam abraçar a mesma profissão que eu, a do meu irmão mais velho e a do meu pai.  
Quem foi a mulher que mais te inspirou em sua vida até hoje? Há outras mulheres no seu dia a dia que também te inspiram e a apoiam para seguir em frente?
Sem dúvida nenhuma, minha mãe é maior de todas! Ela criou sozinha quatro filhos depois de perder meu pai muito cedo. Ela sempre foi uma guerreira e a minha principal inspiração. Aqui na Gerdau admiro uma outra colega que tem a mesma responsabilidade e função que eu ao dirigir o caminhão. Sei que as mulheres são muito valorizadas na companhia, cerca de 85% delas ocupam posições de operadora e mais de 1.200 atuam diretamente na produção, um número expressivo na indústria do aço. Além de todas elas, tenho um profundo respeito e admiração pelas caminhoneiras que viajam por todo o país. São profissionais que, além de muita competência, têm muita fibra e coragem para fazer aquilo que fazem e enfrentar tido tipo de desafio.
Sabemos que foram muitas conquistas femininas hoje, mas que ainda há um caminho a ser percorrido para assegurar às mulheres direitos igualitários ou mais próximos ao patamar do que os homens têm hoje. O que você acha que ainda falta ou precisa ser feito para que isso de fato aconteça?
Na minha opinião é preciso que as mulheres acreditem mais nelas. Afinal se nós não tentarmos e acreditarmos em nós mesmas, quem acreditará?
Que conselho você daria para outras mulheres que sonham em trabalhar com o que você trabalha atualmente?
Lutar e se preparar da melhor forma para seguir na profissão. Sempre lembro dos princípios presentes na Gerdau que se encaixam perfeitamente com aquilo que eu acredito. O primeiro é aprender, desaprender e reaprender. Para continuar evoluindo, é preciso nos adaptarmos, sermos inovadores e encontrarmos as melhores formas para trabalhar. O segundo está em fazer o certo, pois ética e respeito são essenciais em tudo o que fazemos. E, por fim, agirmos com autonomia e responsabilidade para tomar as melhores decisões naquilo que nos propomos a fazer.

Comentários

Adilson Jeronimo:

Parabéns felicidades que Deus continue te abençoando, fico feliz quando vejo uma mulher guerreira assim como vc pilotando esses caminhões , isso prova que vcs podem , é só dar oportunidades ,vai que é sua vc manda bem com esse Scania a gas gnv...

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