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[ Soluções de Transporte ] -- 08/05/2019
[
Texto: Carlos Eduardo Biagini / Fotos: Scania ]
Scania vende 300 caminhões da Nova Geração para o G10
Maior compra da história do grupo de transportadoras, num mesmo ano, conta com os modelos R 500 6x4 e R 450 6x2; G10 planeja crescer 17% em 2019
Ao comprar 300 unidades, o G10, de Maringá (PR), acaba de se juntar à AMAGGI na história da
Scania como os maiores compradores da Nova Geração de caminhões da marca, lançada em novembro.
Com a consultoria da Casa Scania P.B.Lopes, baseada na maior rentabilidade e nas características
da operação, os modelos customizados como ideais foram R 450 6x2 e R 500 6x4. As entregas ao
conglomerado de transportadoras já começaram e seguirão ao longo do segundo semestre. Serão 190
produtos para a Transpanorama e outros 110 divididos entre as demais empresas (Transfalleiro,
Cordiolli, Rodofaixa e VMH Transportes).
"Mais um grande lote vendido que comprova a revolução que a Nova Geração de caminhões está
fazendo. O G10 é um dos maiores frotistas do Brasil, e optou pela solução que oferece o menor
custo total da operação por quilômetro rodado via customização ideal do produto para a
aplicação", afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. "A economia de diesel
de até 12%, em relação à linha anterior, está fazendo a diferença no dia a dia dos clientes. Já
recebemos cerca de 7 mil encomendas da ‘Máquina dos Sonhos’."
Segundo Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 e diretor Administrativo da Transpanorama,
os primeiros lotes recebidos estão surpreendendo as empresas do Grupo. "Comprovamos que a
economia de diesel da Nova Geração é maior do que a geração anterior, como foi prometido pela
Scania", conta. Adamuccio revela que são três pilares que definem a escolha de um produto e uma
marca para o G10. "O primeiro é o econômico, pois na conta do transporte o combustível é o
campeão no custo total. O segundo é o conforto da cabine, pois a mão de obra está escassa e
precisamos oferecer o melhor caminhão para reter o motorista. O terceiro pilar é a maior
disponibilidade de horas do caminhão. Não podemos perder dinheiro com o produto parado e ele
precisa dar o mínimo de manutenção."
O lote de 300 unidades foi a maior compra de caminhões num mesmo ano da história do G10. "A
quantidade explica nosso otimismo para 2019. Estamos expandindo os negócios. Abriremos 10
unidades de embarque do G10 e mais quatro para a Transpanorama. Movimentos que aumentarão o
faturamento. No G10, planejo crescer 17% e na Transpanorama projetamos um acréscimo de 17% no
faturamento. A Nova Geração da Scania será essencial para cumprir estas metas. Na nova gestão do
transporte vale o custo por km rodado."
Os caminhões Scania R 500 6x4 são ideais para atuar em longas distâncias e rodarão com
implementos rodotrens graneleiros de 25 metros, com capacidade para transportar até 49,5
toneladas de grãos cada um. Todos equipados com freio auxiliar hidráulico Retarder de 4.100Nm.
Já os R 450 6x2 são modelos versáteis, também para longas distâncias, e podem formar conjuntos
com sider, baú, tanque, por exemplo, além de outras opções diversas.
O agronegócio sempre foi um dos pilares do transporte de cargas rodoviário. E, da mesma forma
para o faturamento da Scania. "No caso da Scania, em 2018, o agronegócio representou cerca de
40% do total vendido de caminhões. Para 2019, queremos aumentar esta participação. Estamos
otimistas", diz Munhoz.
Os R500 6x4 rodarão com rodotrens graneleiros de 25 metros,
com capacidade para transportar até 49,5 toneladas de grãos cada um.
Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 e diretor Administrativo da Transpanorama
Com a consultoria da Casa Scania P.B.Lopes,
os modelos customizados como ideais para as empresas do Grupo G10 foram R450 6x2 e R 500 6x4.
A verdadeira ‘Máquina dos Sonhos’
A Nova Geração de caminhões Scania chegou ao Brasil em novembro de 2018, apenas dois anos após o
lançamento na Europa. As novas cabines foram desenvolvidas com a mais alta tecnologia disponível
no mercado e sob a perspectiva do condutor. A marca sueca decidiu manter a nomenclatura P, G e
R, mas nenhuma peça da cabine da gama anterior foi reaproveitada. É uma característica da Scania
privilegiar o motorista na criação do seu produto, algo que faz toda a diferença no dia a dia do
trabalho no setor de transportes. O posicionamento do condutor foi realocado para que ele tenha
uma melhor visibilidade externa e o painel foi rebaixado.
A Scania passou de 7 opções para 19 tipos de combinações variantes das novas cabines P, G, R,
além da estreante S, com piso interno totalmente plano. Junta-se à novas cabines o pacote XT,
formado por componentes específicos para pisos irregulares e também indicados para operações
fora-de-estrada.
Entrevista com Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10
Claudio Adamuccio, 59 anos, natural de Osvaldo Cruz (SP), é um dos transportadores mais
experientes do Brasil. Acompanha e cuida de perto sua frota, incentiva e valoriza seus
motoristas e luta ativamente pelos direitos do setor em fóruns de entidades de classe e do poder
público. Sem deixar de estar antenado com as tendências, as novas tecnologias e o futuro do
transporte de cargas rodoviário.
Quando foi o primeiro contato com a Nova Geração Scania?
R. Foi em 22 de agosto de 2016, em Paris, no lançamento mundial
realizado pela matriz. Tive o
privilégio de conhecer o engenheiro-chefe do projeto e ele me deu muitos detalhes do produto. Já
imaginei o quanto seria bom quando chegasse no Brasil. O segundo contato foi quando a Scania
antecipou dois motores da Nova Geração, nas potências 510 e 450cv, ainda na geração passada mas
já com o novo sistema XPI, de múltiplas injeções. Compramos os primeiros modelos a sair da linha
em fevereiro de 2018. No total, adquirimos 170 caminhões e já fomos comprovando a maior economia
de diesel.
As 300 unidades são para expansão ou substituição da frota, ou por otimismo com a melhora da economia e do mercado?
R. Um pouco destes três ingredientes. Em 20 anos, não deixamos um ano sequer de comprar
caminhões, mesmo com as crises econômicas brasileiras ou mundiais. Mas, reduzimos os volumes
entre 2014 e 2017, no período da última crise. Em 2018, aumentamos um pouco a quantidade. Em
2019, com o mercado aquecido voltamos com tudo; e precisei aumentar e substituir a frota para
compensar os menores volumes dos anos passados. Estamos sempre antenados às novas tecnologias e
modernidades para buscar a eficiência com a diminuição de custos e aumento de produtividade.
O setor de Transportes vive uma modernização de gestão. A nova conta a ser feita envolve
o custo total da operação, a escolha da solução ideal para a aplicação, o custo por km
rodado e a idade média da frota?
R. Sim. Hoje, as margens de lucro estão muito mais ajustadas. A informação está mais fácil e
temos muitas ferramentas de gestão. O maior custo é o diesel, e o segundo o motorista. São dois
fatores relevantes e estão ligados à marca do caminhão. Se compro um veículo que consome mais e
não é confortável estou colocando minha operação em risco, para não ter lucro. Um motorista que
não está satisfeito com o produto pode não dirigir tão bem e aumentar os gastos com manutenção.
Trabalhando feliz e satisfeito ele terá mais cuidado.
Quem vai sobreviver no mercado de transportes de cargas?
R. Quem tiver a operação com muita tecnologia, custos extremamente enxutos e verdadeiras
parcerias de
negócio. Não vejo uma má gestão sobrevivendo no futuro. Em Paris, em 2016, no lançamento da Nova
Geração
da Scania, houve uma palestra com a federação local de transportes. Lá as empresas já não
sobrevivem
apenas com o faturamento do frete, das margens do transporte. Se a transportadora não tiver um
Centro de
Distribuição, acordos de coletas e distribuição e armazenagem para cuidar do ciclo completo não
sobrevive. Tenho que antecipar tendências para continuar saudável no mercado.
A frota adquirida atuará em novos segmentos?
R. Não, vamos manter e fortalecer os ramos de atuação. Hoje, temos um mix diversificado: grãos,
postal/e-commerce, aço,
combustíveis, fertilizantes, sementes, produtos de higiene e limpeza e alimentos. Atuamos com
sider, baú, tanques e
graneleiros. Hoje, a divisão do faturamento está em 35% para postal/e-commerce (entregas para os
Correios), 35% nos
grãos, combustíveis (10%), e os outros 20% divididos respectivamente.
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