IB Logística: tradição familiar e protagonismo feminino

É quando a gente se conecta com quem faz o transporte acontecer que entende o verdadeiro significado de palavras como força, união e paixão. No caso da IB Logística, empresa familiar do ramo sucroalcooleiro, tudo isso vem em forma de legado — um legado que atravessa gerações e hoje tem na liderança de Ana Paola Boldrin um exemplo inspirador da presença feminina no setor.

Ana Paola cresceu neste meio, do transporte e dos caminhões, da colheita de cana e da rotina puxada do agronegócio. Aos 14 anos já trabalhava nos negócios da família, atualmente é gerente de Recursos Humanos na empresa e faz parte da diretoria ao lado dos irmãos e tios, dando continuidade ao sonho iniciado pelo avô e conduzido pelo pai."Com o falecimento do meu pai, eu entrei na diretoria junto com meus tios e passei a fazer parte do administrativo. Meus irmãos ficam mais no campo, mas fazemos tudo em conjunto", conta a empresária.

Fundada na década de 90, a IB Logística tem sede na cidade de Alexandrita, em Minas Gerais, e atua no setor sucroenergético, com transporte e colheita de cana, e na área de grãos, especialmente durante a entressafra, com plantio de soja e amendoim. Antes era conhecida como Irmãos Boldrin, mas evoluiu e há 16 anos é oficialmente a IB Logística e Transportes, uma das maiores prestadoras de serviços do setor sucroenergético do Brasil.

Mais que caminhões, ferramentas de gestão

Ana Paola conta que 85% da frota da IB Logística é composta por caminhões Scania. E não é à toa. “Escolhemos a Scania por causa da economia de combustível e da condução, que é melhor até para quem está começando”, explica.

A empresa também se destaca pela gestão de desempenho dos motoristas, com o apoio do Scania Fit. “Conseguimos acompanhar a performance em tempo real. Os nossos motoristas masters direcionam os profissionais, identificam onde estão os pontos de melhoria, se há desperdício, e fazem treinamentos específicos com base nisso.”

Essa cultura de aperfeiçoamento vai além dos dados trazidos pela conectividade: virou tradição. Todos os anos, ao final da safra, a empresa realiza a premiação Melhor Motorista do Ano, com a entrega de televisores, celulares e outros prêmios para quem se destaca ao volante e leva o troféu para casa. “Hoje o ranking dos nossos motoristas é bem disputado, todos estão na margem dos 98% ou perto desse percentual de performance”, orgulha-se.

De primeira mulher na empresa à líder respeitada

Quando começou na empresa, Ana Paola era a única mulher. Hoje, essa realidade mudou — e para melhor. A IB Logística tem motoristas mulheres, que são valorizadas e reconhecidas pelo cuidado, atenção e competência. “A equipe até brinca que, se pudesse, teria só mulheres, porque elas sabem cuidar muito bem do caminhão”, diz. “Na administração sou só eu, e eles brincam que sou a brava, mas me respeitam muito. Sempre fazem questão de me envolver nas decisões”, completa.

Para a empresária, a atuação feminina é transformadora e o transporte precisa dessa presença e diversidade. “A mulher tem visão de negócio, sabe crescer. O mercado ainda é um pouco resistente, mas muitas mulheres têm potencial maior que muitos homens”, comenta Ana.

Um futuro que vem do campo — e da presença feminina

Mesmo com os desafios de uma safra atípica, Ana Paola acredita em dias melhores nos próximos meses. Ela tem esperança de ver mais mulheres dividindo espaço no setor de forma igualitária. “O transporte pode crescer muito, acredito que vai estar mais equilibrado com a presença de mais mulheres dividindo de igual para igual esse mercado”, afirma.

Para o futuro da IB Logística, o foco também se mantém firme: “Planejamos nos manter no setor sucroalcooleiro e nos rodoviários e pretendemos continuar crescendo, atendendo nossos clientes da melhor forma possível. Que a Scania sempre esteja conosco nesse caminho.”

Essa parceria traz não apenas soluções para o negócio como também novas experiências. Recentemente, Ana Paola teve a oportunidade de visitar a fábrica da Scania, em São Bernardo do Campo (SP), um momento que descreve como inesquecível. “Cresci nesse setor, ouvindo que a fábrica era como uma cidade. E é verdade! Ver a solda, a dinâmica dos robôs, com tempos cronometrados, os chassis, os motores marítimos… foi incrível”, relata. Ela esteve na fábrica junto com um grupo de mulheres empresárias por meio de uma iniciativa realizada pela Casa Scania Escandinavia.

Com visão de futuro, sensibilidade e muita garra, Ana Paola mostra que lugar de mulher também é — e muito — no transporte. E que legado se constrói com trabalho, união e paixão.

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