[ DIA DOS PAIS ]
“Tenho muito orgulho de ter aprendido com você tudo o que eu sei”
[ Texto: Simone Leticia Vieira / Fotos: Arquivo pessoal / Locução: Mônica Camillo / Produção: 528 Comunicação Com Propósito ]
Para celebrar este Dia dos Pais, a Rei da Estrada ouviu a história de Anibaldo Pozzer, que aprendeu com o pai Cleirton Pozzer a profissão de motorista de caminhão e herdou dele a paixão pelo transporte e pela Scania.
“Pai, pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos”
Esse trecho da música chamada “Pai”, do cantor e compositor Fábio Jr., emociona pais e filhos também. Afinal, é essa a relação que todo pai quer ter com seu filho: de amizade, confiança, companheirismo e troca. E se nessa jornada puder ensinar para o filho aquilo que faz o seu próprio coração bater mais forte, seja na vida pessoal ou profissional, melhor ainda. Vale tudo para deixar a herança mais verdadeira que todo filho pode ter e seguir a vida com o coração em paz e a sensação do dever cumprido por ter ensinado o caminho do bem, o respeito ao próximo e, em muitos casos, a paixão pelo trabalho.
Cleirton Pozzer pode ter certeza de que essa missão foi cumprida quando se trata do filho Anibaldo Pozzer. E é ele mesmo, Anibaldo, quem nos conta essa história de amor pelo paizão e de paixão pelo transporte. Foi do pai, Cleirton, que Anibaldo herdou a admiração pela Scania, a profissão de motorista e a paixão por caminhão.
Tudo começou na infância, quando ainda muito jovem, Anibaldo viajava com o pai a bordo de um Scania 111. “Meu pai descia para Paranaguá, dirigia um ‘jacaré’ 111 agregado à transportadora em que ele trabalhava puxando frigorífico. Nas férias, eu viajava com ele, a gente morava em Dois Vizinhos, no interior do Paraná. Eu ia com ele e na volta ficava louco para dirigir”, comenta.
Mas, como ainda era uma criança, demoraria uns anos para pegar o volante. Até que chegou a hora de aprender a dirigir. E foi a bordo desse mesmo Scania que Anibaldo aprendeu, com o pai, a conduzir o volante de um caminhão. “Meu pai que me ensinou a dirigir, num Scania 111. Com 21 anos acabei indo para a estrada, e comecei com um Scania, um 111. Segui com esse caminhão até 1999, quando peguei um 124G novo e fiquei até 2001, quando parei de viajar, me afastei da estrada. Depois trabalhei no transporte, em logística e transporte, como chefe de pátio, gestor de frota, encarregado de tráfego, em várias áreas do transporte. Minha vida inteira foi cuidando e mexendo com caminhão. Saí da estrada, mas a paixão sempre ficou”, explica.
Foram seis anos na boleia e até hoje ele se lembra da primeira viagem. “Meu pai adoeceu, teve um problema na vesícula. Eu estava em casa e ele em Paranaguá carregando e acabou que ele foi para o hospital, ficou mal, e às pressas teve que tirar a vesícula. Mas o caminhão ficou carregado lá em Paranaguá. Ele queria que contratassem um motorista para fazer a viagem. Eu o esperei sair da cirurgia, fui ao hospital, no horário de visita, e falei: ‘pai, se o senhor me der uma chance, uma oportunidade, eu vou.’ Ele não queria que eu fosse porque eu não tinha ainda muita experiência na estrada, mas olhou bem no fundo do meu olho e falou: ‘eu sei que você vai e volta, vou estar esperando por você. Eu saí numa felicidade sem fim”, lembra.
Depois da primeira viagem, muitas outras vieram, cada um a bordo do seu Scania. E vieram também os ensinamentos de filho para pai. “Quando a gente viajava juntos, os dois com o Scania 111, ele ficava bravo comigo porque o meu andava mais do que o dele, subia mais do que o dele e fazia mais média. Chegávamos nos postos para abastecer, o meu caminhão gastava 20, 30, 40, às vezes até 50 litros a menos de diesel que o dele. Um dia, ele pegou o meu 111 e eu peguei o dele. Andamos de um dia para o outro e quando fomos abastecer, acabou que eu gastei menos combustível do que ele. Eu brincava dizendo: ‘você não sabe fazer média.’ Era essa brincadeira sadia que a gente fazia”, sorri.
Mas também havia a hora de falar de assunto sério, de aconselhar, de se preocupar. “Meu pai sempre falava que eu corria demais e dizia que mesmo tendo a prestação do caminhão para pagar, eu não precisava fazer nada na correria. Ele falava que se você perde o medo da estrada, ela te toma a vida. Eu fiquei com aquilo guardado. Um dia, perto de Salinas, onde eu ia parar para dormir, não sei no que eu estava pensando, estava pesado naquela viagem. Não sei se descuidei ou esquentou o freio, em uma curva que até hoje tomba muito caminhão, eu entrei acelerado na curva, quando vi, pisei no freio, e a carreta, como era baú, me jogou para o acostamento, deu três balançadas, mas não caiu. Aí eu me lembrei do dia em que meu pai tinha me avisado para não perder o medo da estrada. E depois disso eu nunca mais esqueci e acabei tendo mais consciência e prudência”, relembra.
A última viagem que pai e filho fizeram juntos foi em 2000, um pouco antes de Anibaldo também sair das estradas. Ele voltou a estudar, se formou em Administração de Empresas e recentemente, há um mês, retornou ao transporte como motorista carreteiro, após ter se formado como Instrutor Master Driver em um curso de qualificação da Scania. Agora, ele pretende ficar durante um ano colocando os aprendizados em prática na estrada, para se aperfeiçoar e futuramente poder também compartilhar tudo o que aprendeu com outros profissionais. O objetivo de Anibaldo é montar um projeto com uma linguagem menos formal para que ele entenda que pode conduzir um veículo com rentabilidade e produtividade e ter, ao mesmo tempo, uma melhor qualidade de vida. “Resolvi dar um passo a mais e tentar me formar na operação na prática. Não quero simplesmente ser instrutor, passar um conteúdo sem saber se o que estou passando para o motorista e cobrando dele é o que acontece na prática na estrada. Pretendo ficar um ano na estrada e depois montar um treinamento”, revela.
Aprender e ensinar, ensinar e aprender. É o que pais, mestres, filhos e aprendizes fazem juntos. E nesse caminho, de aprendizados e ensinamentos, é também com gratidão e orgulho que Anibaldo deixa sua mensagem para o pai, Cleirton, neste Dia dos Pais. “A mensagem eu quero deixar para o meu pai é que tenho muito orgulho de tudo o que aprendi com ele, tudo que ele me passou com relação à estrada. É motivo de alegria e contentamento. Como ele gosta de falar: ‘tudo de bom, tubarão’, como falávamos muito no rádio – e dá saudade dessas lembranças. Quero dizer pra ele que o amo muito, tenho muito orgulho dele, não vou poder estar com ele no Dia dos Pais, infelizmente, devo estar viajando, mas faz parte do processo de estar na estrada, mas deixo meu carinho, meu abraço. Te amo muito, pai, e tenho muito orgulho de ter aprendido com você tudo o que eu sei.”
Ele também encerra o nosso episódio de hoje com uma bonita mensagem a todos os pais e colegas do trecho: “Para os colegas de estrada, amigos do trecho, tanto os que também não vão poder passar o Dia dos Pais com seus pais, ou aqueles que infelizmente seus pais estão morando em outro lugar, cobertos com o manto sagrado, deixo meu carinho de feliz Dia dos Pais. Desejo que possam honrar seus pais e ter orgulho de ter aprendido essa profissão principalmente aqueles que aprenderam a profissão de motorista com seus pais. E que retornem para suas casas com saúde, paz, amor no coração. As estradas estão bastante movimentadas, muitos motoristas conduzindo de forma imprudente, então deixo também uma mensagem de pedido para que tenham um pouco mais de compaixão com o próximo, respeito na estrada, ainda tem muita gente que conduz os brutos de forma imprudente. Desejo nesse Dia dos Pais, para os pais que deixam suas famílias em casa, filhos, filhas e esposas, que Deus abençoe, acompanhe e quem puder chegar tranquilo para comemorar com a família, que vá para casa com calma que tem gente esperando e tenham um feliz Dia dos Pais.”
É este também o desejo da Scania Brasil para este dia especial: um feliz Dia dos Pais todos os pais do Brasil!
Ao preencher o formulário, autorizo a utilização dos meus dados para envio de comunicações relacionadas aos meus interesses e concordo com a Declaração de Privacidade.
* Você pode revogar seu cadastro a qualquer momento.
Tive a feliz oportunidade de conhecer o Anibol fizemos o curso do mopp juntos no sest senat que história linda E que homenagem!!! Abraço meu amigo e feliz dia dis pais .