As perspectivas para o setor sucroenergético trazem bons ventos para o segmento e vão além, apontando a sustentabilidade como caminho para o crescimento do campo e dos negócios.
Boas notícias para o segmento canavieiro: embora a produção de cana-de-açúcar tenha começado em ritmo de moagem mais lento que o observado no ciclo anterior, a expectativa é de uma safra 2021/2022 com resultados positivos em receita, produtividade e remuneração.
As perspectivas são do assessor econômico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Luciano Rodrigues, que durante evento realizado pela Casa Scania Escandinávia apresentou alguns números da safra anterior e mostrou as projeções para o setor sucroenergético.
Segundo Luciano, mesmo com um período de seca, a safra 2020/2021 foi bastante favorável. “Foram cerca de 605 milhões de toneladas de cana processadas. O período seco prejudicou um pouco o final, mas em termos operacionais foi uma safra muito boa a despeito do início do ano em pandemia”, comentou.
O preço do açúcar, em função das variações de câmbio do dólar, também impactou na produção de outro ativo importante para o cenário econômico nacional: o etanol. “Em abril/maio do último ano, os produtores experimentaram os menores preços dos últimos 10 anos e agora, 12 meses depois, fecham a safra em março com o maior preço dos últimos 10 anos. De fato, uma gangorra. Mas ainda assim foi uma safra que, mesmo com a preocupação do preço do petróleo, teve uma situação de receita favorável”, explicou Luciano.
Para a safra que se inicia, os horizontes podem ser promissores. “A área disponível para coheita deve cair um pouco, o ATR [Açúcar Total Recuperável] não deve chegar no mesmo nível do ano passado e teremos uma safra menor que a de 2020. Por outro lado, continuamos com os incentivos para a produção do açúcar e a receita deve crescer. A cotação interna está mais elevada, não há retração do câmbio neste momento e isso também deve sustentar a receita do açúcar”, projetou o assessor.
Realidade que veio para ficar
Luciano também ressaltou a importância e o crescimento do mercado de CBIOs (créditos de descarbonização). Ao que tudo indica, as empresas estão olhando cada vez mais para o tema e de fato trazendo a sustentabilidade para o cerne de seus negócios.
“Estamos em processo de transição energética no mundo. Vão prevalecer as fontes mais limpas e o mais importante é que começamos esse trajeto no Brasil. É um início, mas que leva o setor para um novo patamar de discussão de eficiência energética e ambiental”, destacou.
E de eficiência energética a Scania entende bem. Pioneira ao desenvolver uma solução sustentável para as estradas e fora delas, a empresa permanece em seu propósito de transformar o transporte para torná-lo cada vez mais limpo. O setor canavieiro também já deu os primeiros passos junto com a Scania nesta jornada pela sustentabilidade. “Caminhões movidos a gás são realidade no segmento de cana. Já temos sete usinas no Brasil utilizando a solução sustentável da Scania”, revela Fabrício Vieira de Paula, Gerente de Vendas de Soluções Off Road da Scania no Brasil.
A Scania foi líder de mercado no segmento de cana no ano passado. Cerca de 40% dos caminhões dos transportadores deste setor foram Scania. Além disso, o G 540 6x4, desenvolvido especialmente para esse segmento, foi o modelo mais vendido na indústria em 2019. Agora, as notícias da UNICA nos fazem ter ainda mais vontade de trabalhar para entregar novas soluções sustentáveis para o segmento”, completa Fabrício.
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