[ Testes de Campo Brasil ]
O
s canaviais ao redor da cidade de Araraquara, no interior do estado de São Paulo, vão de horizonte a horizonte. Esses vastos campos ondulados são atravessados por milhares de barreiras vermelhas que ligam os campos às refinarias de açúcar e às fábricas de etanol.
Quando cai o sol em Araraquara, uma fina poeira vermelha se assenta, em tudo e em todos. Quando chove muito, as estradas se transformam em um chão lamacento. Quando as condições estão piores, todas as atividades nos campos de cana-de-açúcar param, por segurança.
“Temos aqui as condições perfeitas para testar a durabilidade dos novos caminhões sob condições extremamente difíceis e específicas, que não podem ser simuladas ou experimentadas ao mesmo tempo em outros lugares: muita poeira, alta umidade e altas temperaturas”, diz Carlos Fernandez, Gerente de Operações de Veículos de Teste de Campo na América Latina.
Lama, poeira e caminhões
Veja como foram os testes de
campo no Brasil.
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Um árduo caminho
As estradas esburacadas e de má qualidade criam vibrações que, ao longo do tempo, abalam todos os veículos. Isso é se o calor, a poeira vermelha, a chuva torrencial e a lama já não fizerem o trabalho primeiro.
“O objetivo desses testes de campo mais avançados é produzir o melhor caminhão do mundo”, continua Fernandez. “Isso significa que precisamos expor os veículos a situações extremas para entender onde estão seus limites. Muitas vezes, as tensões são tão extremas que conduzimos o veículo ou componente que estamos testando até que ele se quebre. Uma vez que conhecemos qual o limite que um componente pode tolerar, podemos desenvolvê-lo ainda mais para aumentar ainda mais a durabilidade.”
O Brasil é, de longe, o maior produtor mundial de açúcar. A temporada de colheita ocorre ininterruptamente de março a dezembro. Atualmente, cada uma das máquinas de colheita, especialmente construídas, corta cerca de 100 toneladas de cana por hora. Os pedaços de cana-de-açúcar picados devem chegar às usinas de açúcar ou às fábricas de etanol em poucas horas, já que o teor de açúcar cai rapidamente assim que a cana é cortada.
Temos aqui as condições perfeitas para testar a durabilidade dos novos caminhões sob condições extremamente difíceis e específicas: muita poeira, alta umidade e altas temperaturas.”
Carlos Fernandez, Gerente de Operações de Veículos de Teste de Campo na América Latina.
Cargas pesadas fazem bons testes
Cada combinação de veículo usada no transporte tem 30 metros de comprimento. Em estradas públicas, as combinações de cana-de-açúcar pesam até 74 toneladas, mas nas estradas de terra de propriedade privada, não há limites e a maioria dos produtores de açúcar e etanol carrega a quantidade de cana que conseguir, chegando a 120 toneladas. “Assim como nossos clientes aqui, criamos cargas extremamente pesadas, mas às vezes também dirigimos descarregados, em alta velocidade, nas estradas de baixa qualidade”, diz Fernandez. “Isso cria grandes vibrações no chassi e gera muitos problemas - o que é exatamente o que queremos”.
Outro objetivo dos testes de campo no Brasil é examinar como os motoristas profissionais experimentam o nível de conforto da nova cabine em circunstâncias muito desafiadoras. Um dos motoristas de teste contratados é Roberto Pereira da Silva, que é extremamente experiente com os novos caminhões. Ele foi contratado durante o período de teste de dois anos para vivenciar o conforto das novas cabines sob condições difíceis, fornecendo a sua perspectiva como motorista. “Esta nova geração de caminhões proporciona uma experiência de direção extremamente boa, mesmo nas estradas mais difíceis”, diz. “Isso é algo novo para nós, motoristas de teste.”
Silva continua: “Tenho uma noção muito clara de como a Scania pensou em nós, motoristas profissionais, quando esta nova geração de caminhões foi desenvolvida. É muito mais fácil encontrar e definir sua posição de trabalho e de condução para que seja perfeita. Eu não sou pequeno, mas não tive nenhum problema em encontrar uma posição pra dirigir que facilitasse meu dia a dia de trabalho e me deixasse mais relaxado.”
O caminhoneiro Roberto Pereira da Silva foi contratado para o período de teste de dois anos para experimentar o conforto da nova cabine sob condições adversas, fornecendo a sua perspectiva como motorista.
Cada combinação de veículo usada no transporte tem 30 metros de comprimento. Em estradas públicas, eles pesam até 74 toneladas, mas nas estradas de terra de propriedade privada a maioria dos produtores de açúcar e etanol transporta, geralmente, até 120 toneladas de cana.
Os veículos são expostos a tensões extremas em estradas esburacadas e de baixa qualidade.
Condições difíceis nos canaviais. Uma fina poeira vermelha se assenta em tudo e em todos. Quando chove muito, as estradas se transformam em um chão de lama espessa.