[ Nova Geração ]
Herança viva
[ Texto: Per-Erik Nordström / Tradução: 528 Comunicação Com Propósito / Foto: Arquivo Scania ]
Altos e baixos deixam marcas no futuro de uma empresa, algumas impressões duradouras que se incorporam à cultura corporativa. A Scania está reunindo toda a sua experiência para garantir que a mais recente linha de caminhões carregue, com orgulho, as características da marca na década de 2020.
Aempresa passou suas primeiras décadas em busca de uma estratégia viável, mas desde a década de 1920 o foco tem sido os veículos pesados e as sólidas relações com os clientes. As operações mantiveram-se lucrativas desde 1934. Depois da guerra, a Scania-Vabis se preparou para a expansão internacional. Engenheiros recém-contratados formariam o pilar central da engenharia para o restante do século, com uma estratégia reformulada, produtos de última geração e instalações renovadas - e um novo espírito de empresa que logo se tornou intrínseco da marca.
A evolução
Ao defender o trabalho em equipe e as decisões tomadas em grupo, a administração introduziu métodos avançados de análise no laboratório, começou a se preparar para uma linha modular de produtos e aproveitou os contatos internacionais em seu processo de inovação. A virada de chave “construir o que os clientes precisam, não o que eles querem” demandava que os engenheiros entendessem as condições de operação dos clientes.
Outro movimento para estreitar os laços com os clientes foi fazer com que a divisão de Serviços fizesse parte do ciclo de feedback para Pesquisa e Desenvolvimento.
Durante três décadas, os sistemas e componentes foram harmonizados em preparação para a série GPRT, totalmente modularizada em 1980. A modularização é a maneira pela qual a Scania amplia o poder de escolha dos clientes - as relações entre os componentes e os sistemas são desenhadas para proporcionar esse aumento de flexibilidade. Essa gama global de produtos abriu caminhos para o crescimento e a expansão em todo o mundo.
No final dos anos 80, a nova administração de Leif Östling (1989) delineou uma estratégia para a expansão global e tomou medidas radicais para se chegar a um acordo com a produção.
Todo o sistema de produção foi reformulado, envolvendo princípios de liderança e uma força de trabalho capacitada. Isso gerou um novo espírito de empresa, com um conjunto de valores centrais mais fortes: Cliente em primeiro lugar, Respeito pelo indivíduo e Qualidade.
“Eliminar o desperdício” virou uma frase de efeito. Desperdício significa trabalho, armazenamento, material ou tempo desnecessários, assim como todas as formas de poluição ambiental. Dessa forma, os processos de melhoria contínua passaram a fazer parte do trabalho diário.
Esse novo espírito de empresa foi fundamental para tirar a Scania da crise financeira de 2008-2009. Agora, abraça toda a empresa, incluindo a rede de concessionárias.
Pensamento futuro
Desde o início de 1900, os engenheiros da empresa conseguiram acompanhar os desenvolvimentos internacionais em tecnologia de motores.
Inspirado pelos contatos com a Magirus, na Alemanha, o primeiro motor a diesel da Scania-Vabis (1936) foi mais leve e suave que os concorrentes. E a tecnologia diesel de injeção direta (1949), desenvolvida em parceria com a Leyland, no Reino Unido, apresentou um desempenho superior à concorrência desde o início.
Convencida da necessidade de mais potência no futuro, a Scania desenvolveu um motor que o mercado não sabia que precisava - o Scania V8, em 1969 - que deu origem à filosofia de baixa rotação da Scania, princípios que agora são adotados por toda a indústria.
A partir da década de 1990, a parceria da Scania com a Cummins nos EUA trouxe insights sobre tecnologia de combustão e gerenciamento de motores, que foram fundamentais para os esforços pioneiros da Scania no controle de emissões e combustíveis alternativos nos anos 2000. A Scania agora tem a plataforma mais ampla de motores Euro 6 com a maior flexibilidade em combustíveis alternativos e é conhecida por sua excelente eficiência de combustível.
O Centro Técnico da Scania tem know-how líder no mercado de engenharia de veículos, tecnologia de transmissão e eletrônica. A Scania está empenhada em melhorar a eficiência do transporte, proporcionando economia de energia, soluções de combustível alternativo e a introdução progressiva da automação de frotas, eletrificação e condução autônoma, por exemplo.
Todos os circuitos eletrônicos são desenvolvidos internamente e esse setor é o mais significativo em termos de inovações e patentes, proporcionando um fluxo de produtos, recursos e serviços que colocam a Scania na vanguarda em termos de veículos conectados, gerenciamento de frota e serviços associados.
Orgulho em design
A Scania-Vabis sempre se orgulha do design de seus produtos. As sugestões de estilo do pós-guerra incluíam uma grade de radiador comum nos caminhões. O designer sueco Björn Karlström criou a atemporal série 75 (1958- 1980), o britânico Lionel Sherrow estilizou a série LB80 / 110 de controle avançado (1968), o estilista italiano Giorgio Giugiaro deu à GPRT (1980) um toque contemporâneo e a elegante série 4 foi escrita por Bertone.
O estúdio da Scania é, agora, responsável por todos os toques de estilo, como por exemplo a série R (2004 e 2009), a New Streamline (2013) e a nova geração de caminhões (2016). Conscientes do orgulho dos clientes por seus veículos, a Scania tem um grande cuidado em cultivar as tradições e incorporar atributos tentadores da marca.
Uma empresa lucrativa pode manter o foco e investir pacientemente em seu futuro. Com o respaldo das lições aprendidas ao longo de um século e meio, a Scania está lançando sua nova geração de caminhões, projetada para levar a marca e seus clientes a um futuro de transporte mais sustentável nas décadas de 2020 e 2030.