Jornada Scania
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[ Acontece na Scania ] -- 08/03/2023
[ Texto: Simone Leticia Vieira / Fotos: Arquivo pessoal ]

“Nunca deixe de confiar ou acreditar em você”

Neste Dia Internacional da Mulher, inspire-se com a história de Vivian Aparecida dos Santos Duarte Marçal, que aprendeu desde muito nova a viver o setor de transportes e, ainda que diante dos desafios de ser mulher à frente de uma empresa do segmento, segue quebrando barreiras para realizar sonhos.
Ela herdou do pai e do avô a paixão pelo transporte. Na boleia do caminhão, viajava com o pai, para aprender mais sobre o que é estar na estrada. Se apaixonou pelos ônibus ao participar das atividades de uma das empresas da família, que atua no transporte de passageiros. Hoje, aos 41, é empresária, mãe, esposa, gestora. Mas é também motorista de ônibus, quando é necessário ou quando surge a oportunidade de pegar estrada na empresa que ela mesma administra.
A história de Vivian Aparecida dos Santos Duarte Marçal é inspiradora. Ninguém imaginaria que a filha do dono e neta do fundador daria início à sua trajetória profissional no setor de transportes limpando o chão da empresa. E não, não foi castigo, longe disso! Vivian começou a trabalhar com o pai aos 12 anos, acompanhando cada passo e cada tarefa. Por isso mesmo começou com uma atividade simples – e tão valiosa: manter limpas a sede da empresa e as garagens dos ônibus. “Era um chão vermelho, eu limpava e encerava. Aquele era o meu mundo e era ali que eu podia ver mais de perto os ônibus. Eu me apaixonava!”, lembra.
Com o passar dos anos, ela foi saindo dessa atividade para assumir outras tarefas administrativas. “Meu pai me passou para a recepção e eu ajudava a carimbar os tickets das passagens. Quando completei 20 anos, ele me colocou para cuidar do financeiro da empresa, para ser um ’braço direito’ dele. No começo eu fazia de tudo um pouco: ia ao banco quando precisava, resolvia outras questões de tesouraria. Assim é que fui aprendendo com ele um pouco mais sobre gestão”, explica Vivian.
Aos 22 anos, começou a atuar como motorista. E embora estivesse à frente da viagem e executando o seu trabalho com competência, preparo e muita paixão, foi ali que ela sentiu na pele os primeiros desafios de ser mulher no setor de transporte. “A primeira viagem que eu fiz como motorista foi para Aparecida do Norte. Ao chegar no posto, durante a parada, os motoristas costumam ganhar água e alimentação. Ao falar com a moça do caixa que eu era a motorista, ela me tratou mal, me disse que eu devia ser apenas uma guia turística, ainda que eu estivesse uniformizada, e eu tive que pagar pelo que consumi. Ela não acreditou em mim, mas aquilo não me abalou. Achei curioso e segui em frente com a viagem”, conta.
Uma estrada de desafios
Os desafios ao volante agora não são tão frequentes, mas como gestora ela enfrenta alguns percalços. Ao todo, são 200 colaboradores sob a sua gestão, dos quais 80 são motoristas. Mas, como diz aquela expressão popular, ela “tira de letra”. “No início, quando meu pai tomava conta da empresa, ele mandava em tudo. Quando ele faleceu, a administração passou a ser feita por mim, e eu confesso que tive dificuldade de os colaboradores acreditarem em mim e que a empresa iria continuar por ser uma mulher à frente dos negócios. Hoje, o meu desafio maior passa pela gestão de pessoas. Às vezes, é mais difícil um motorista que já tem muito tempo de profissão confiar em mim quando eu digo que não é adequado entrar na garagem com o ônibus engatado na segunda marcha, por exemplo. Quando eu falo, sou questionada e eu percebo que é pelo simples fato de eu ser mulher”, revela.
E ela fala com propriedade, pois quando falta um motorista, é ela quem assume o volante para não deixar o seu cliente desassistido. “Eu dirijo por paixão, mas quando falta um motorista eu faço a linha para não deixar o passageiro sem acesso àquele trajeto. E é claro que eu amo também estar na estrada!”, conta Vivian.
Paixão de dois andares
A viagem mais recente foi a bordo de um DD (double decker, dois andares) da Scania. “Pegamos um avião e fomos para Joinville, eu, meu filho e meu marido, para buscar o ônibus. De lá, voltamos para Catalão no ônibus e eu vim dirigindo, foram dois dias de viagem. Que carro! O ônibus é maravilhoso, confortável para o motorista e as camas são muito aconchegantes. O ADAS e o freio Retarder deixam a viagem ainda mais segura. E mesmo o carro sendo mais alto, o balão dele na curva sobe e desce e você nem sente”, relata Vivian.
O modelo irá se juntar aos outros três Scania da frota, composta por 140 veículos, entre ônibus, vans e micro-ônibus, e fará parte das rotas de turismo da Transduarte. “Já tenho agenda fechada para esse ônibus até 2025, com viagens para Aparecida do Norte”, entrega.
Atualmente, a Transduarte responde por 3% do transporte público de Catalão, no Goiás, e atua em sua maior parte no fretamento e transporte particular para empresas da região, sendo responsável por transportar uma média de 5 mil pessoas por semana.
Transpor barreiras e realizar sonhos
É assim que, aos poucos, Vivian segue quebrando barreiras, seja ao dirigir os ônibus ou a própria Transduarte. E, como não poderia deixar de ser, abrindo os caminhos para que outras mulheres possam fazer a diferença nesse setor, assim como ela vem fazendo no decorrer desses quase 30 anos de atuação. “Acredito que precisamos ser sempre umas pelas outras. É o que tento fazer acontecer aqui na empresa. Tenho ao meu lado muitas mulheres fortes e competentes. Na administração, no lavador e na área técnica de segurança somos só mulheres. Temos ainda quatro motoristas mulheres, uma que, inclusive, tirou carteira esse ano e já é avó. Depois de mais velha é que decidiu realizar o seu sonho e nós abrimos as portas para tornar isso real”, destaca.
Além desta lição, Vivian deixa outro recado: “Nunca deixe de confiar ou acreditar em você. Se nós, mulheres, somos capazes de gerar uma vida, que é algo tão sublime, como podemos deixar que alguém fale que a gente não vai dar conta de fazer isso ou aquilo? Temos que fazer o que a gente gosta. Quantas vezes vejo mulheres falando que porque estão com mais de 50 já não podem trabalhar ou realizar um sonho. Bobagem! Lembrem-se sempre: a vida é única, nós somos mais do que fortes e capazes e temos que fazer aquilo que amamos”, finaliza.
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