Jornada Scania
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[ Acontece na Scania ] -- 14/05/2023
[ Texto: Simone Leticia Vieira / Foto: Arquivo pessoal ]

E se fosse o seu filho?

Conheça a história de Luana Azevedo, mamãe do pequeno Theo, e inspire-se para refletir não só sobre o que é a maternidade para você, mas também sobre até onde você iria pelo seu próximo e por seus filhos.
“Lembro que quando recebi o diagnóstico do autismo do meu filho chorei o dia todo, parecia que alguém tinha morrido. Depois fiz uma reflexão sobre a expectativa que criei na minha cabeça sobre a maternidade e essa ideia eu deixei morrer. Tive que ressignificar a maternidade, passei a olhar com outros olhos e transformei essa causa na minha missão de vida, meu propósito. Do luto fui à luta: essa frase virou o lema da minha vida.”
A dona desse depoimento que mostra até onde vai o amor de uma mãe por um filho é Luana Azevedo, Analista de Marketing da WLM Itaipu Norte, Casa Scania localizada em Belém, no Pará, onde ela trabalha há sete anos. E engana-se quem pensa que a história de vida dela, que vamos contar neste Dia das Mães, tem a ver com tristeza. Muito pelo contrário! É com o amor incondicional que toda mãe é capaz de sentir que ela fala da linda trajetória do filho Theo, de cinco anos e portador do transtorno do espectro autista (TEA).
Luana é um verdadeiro símbolo materno de resistência. Quando recebeu o diagnóstico de autismo do seu filho, ela sabia que a jornada que estava prestes a iniciar seria difícil e desafiadora. Como mãe, ela precisou redobrar suas forças e redefinir suas prioridades para enfrentar os obstáculos que viriam pela frente.
O autismo é uma condição que causa um atraso no desenvolvimento e afeta a interação social, a comunicação e o comportamento. No caso do filho de Luana, ele tinha um autismo regressivo, o que significa que ele parecia estar se desenvolvendo normalmente até cerca de um ano de idade, quando sua fala começou a diminuir. Luana persistiu em sua busca por respostas e procurou uma neuropediatra, que se tornou o ponto de partida para o diagnóstico de seu filho. “Comecei a suspeitar a partir de um ano de idade, quando a fala dele atrasou e também percebi algumas ações diferentes no comportamento dele. A neuropediatra, então, pediu alguns exames, mas o que fez o diagnóstico ser fechado foi um trabalho em conjunto com um terapeuta ocupacional e uma fonoaudióloga”, conta Luana. “Hoje Theo está no nível 3 de suporte. Antigamente se falava em graus leve, moderado ou severo. À medida que se foi entendendo mais sobre o espectro, essa nomenclatura mudou para níveis de suporte 1, 2 ou 3, que é o nível em que o meu filho está”, explica.
Do luto à luta
O tratamento para o autismo é contínuo, e o filho de Luana passa por terapia diariamente. O objetivo de Luana agora é ajudar outras famílias que estão começando na mesma jornada, e por isso participa ativamente de grupos que apoiam a causa. Ela e uma equipe multidisciplinar de profissionais trabalham juntos para determinar o melhor curso de ação para o desenvolvimento da criança.
“Para uma criança autista, o acompanhamento é diferente daquele direcionado a um adulto. A terapia é feita de maneira lúdica, as terapeutas brincam com ele estimulando habilidades que ele precisa conquistar. A parte motora fina dele é muito atrasada. Ele vai fazer seis anos e ainda tem desafios em pegar no lápis, por exemplo. Então, a gente trabalha a parte motora fina brincando com ele, para que pegue objetos menores, por exemplo”, detalha Luana.
A luta de Luana não foi apenas por seu filho, mas também por todas as famílias que enfrentam o mesmo desafio. “Participo de grupos ativos na causa, que ajudam famílias que estão passando pelo mesmo processo pelo qual eu e minha família passamos. Ajudamos no desenvolvimento de leis, apoiamos escolas com palestras e outras ações, para tentar diminuir esse preconceito que ainda existe com pessoas autistas. Hoje quando recebo uma família para acolhimento, super entendo tudo o que a mãe sente de ruim, pois ninguém quer ter um filho com deficiência, não pela deficiência, mas pela sociedade que ainda não está preparada”, destaca.
O grupo do qual Luana faz parte se chama Grupo Mundo Azul. Ela conta que essa associação começou com um grupo no WhatsApp e que hoje já reúne mais de 500 mães. “São 10 mães administradoras do grupo e as iniciativas são centralizadas com a ajuda de uma advogada de Belém. São mais de 500 mães, todas com filho autista. Somos ativas em processos de inclusão ou na escola, em clínicas, em atos e protestos contra planos de saúde, direitos de pessoas autistas viajarem com desconto, várias ações de conscientização durante o ano todo. Temos psicólogas, fonoaudiólogas, publicitárias, mulheres de diferentes áreas de atuação. É um grupo muito forte, o maior de Belém, e existe há mais de 5 anos”, explica.
Rompendo barreiras
É assim que ela vai, em um trabalho de “formiguinha”, quebrando as barreiras do preconceito. “O autismo está muito próximo da gente, não temos escolha. Precisamos inserir essas pessoas no mercado de trabalho, na nossa rotina. Será que nós estamos preparados e nos preparando? Falar sobre a conscientização é só explicar
que o autismo é um transtorno de desenvolvimento ou é ajudar as pessoas a lidarem com um autista? Fica a reflexão para conseguirmos ajudar a todos, até porque quando falamos sobre inclusão, não estamos nos referindo apenas a pessoas com autismo, mas também às outras deficiências, como paralisia, deficiência auditiva ou visual. É essencial que todos se sintam incluídos, independentemente de suas diferenças”, reforça Luana.
Esse preconceito é algo que ela não vivencia ou sente no seu dia a dia de trabalho na concessionária, ao contrário. “Aqui na WLM Itaipu Norte tenho um espaço muito bom de escuta, falamos muito sobre assunto e muitas famílias me procuraram para saber como e por onde começar”, conta.
Theo sempre em primeiro lugar
Como mãe de uma criança autista, Luana também teve que redefinir suas prioridades. Ela abriu uma empresa de marketing digital onde todos os lucros vão para o tratamento do seu filho. “Decidimos fazer o tratamento particular porque os planos de saúde ainda não dão o suporte necessário. Foi por isso que criei minha empresa de marketing digital. Já que sou formada em marketing há mais de 10 anos, decidi ter uma fonte de renda extra para ajudar a custear o tratamento, mas tinha que ser algo que eu pudesse executar sem atrapalhar o meu trabalho aqui na WLM Itaipu Norte. Minha primeira cliente foi a fonoaudióloga do meu filho, que me ofereceu uma permuta para continuar o tratamento do Theo. Depois ela foi me indicando para outros profissionais e empresas da área e hoje 80% dos meus clientes são clínicas de desenvolvimento infantil”, revela. “Meu objetivo é que o Theo seja um adulto autista com orgulho de quem ele é, mas que seja independente”, afirma Luana.
Amor em forma de gente
Apesar dos desafios, Luana também tem lindos aprendizados diariamente. Ela conta que 90% das crianças autistas tem algum tipo de disfunção sensorial. “Todos são diferentes. Alguns não gostam do toque, porque o tato é mais sensível. Outros tem sensibilidade a sons”, explica. “Meu filho tem sensibilidade ao barulho, mas ama abraço e beijo”, completa.
E é com abraço e beijo, e em todos os momentos ao lado do filho, que Luana aprende a se revigorar para continuar em frente na luta pela causa. “O Theo me ensinou muito sobre a vida e sobre o amor. Eu sempre fui muito acelerada, ‘ligada no 220’, e o Theo me freou de uma forma que nem sei explicar. Ele tem atraso no desenvolvimento e eu tive que parar muito para acompanhar o ritmo dele e aprender a olhar em volta. Foi assim que ele me mostrou como realmente amar o meu próximo”, revela Luana, emocionada. “Que a gente consiga parar no nosso dia, o Dia das Mães, para olhar ao redor e ver se alguém está precisando de alguma coisa. Todos nós podemos ajudar de alguma forma e a correria nos impede que isso aconteça”, ensina.
Feliz dia, todo dia
A jornada da maternidade de Luana foi transformada pelo autismo, mas ela aprendeu que, apesar dos desafios, a vida é um presente divino. Ela se tornou uma voz para a inclusão e a empatia, ensinando que todos nós podemos fazer a diferença no mundo, mesmo nas situações mais difíceis da vida.
Neste Dia das Mães, além de contar essa história inspiradora, desejamos um feliz dia para aquela que, com amor, coragem, determinação e delicadeza, sabe bem como fazer a diferença - para os seus próprios filhos e para o mundo também. E deixamos um convite para a reflexão: e se fosse o seu filho?

Comentários

Luanny:

Lindos Lindos 💗 💗

Andréa Cristina Carvalho do Carmo:

Muito feliz em saber que o Theo tem uma mãe que luta por ele e que inspira outras mães darem aos seus filhos as possibilidades de desenvolvimento que toda criança merece e tem direito. Parabéns 😍 😍

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