Jornada Scania
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[ Acontece na Scania ] -- 22/12/2020
[ Texto: Simone Leticia Vieira / Foto: Arquivo Scania ]

Deixando a poeira para trás

A visão vem do campo: as perspectivas do mercado para o agronegócio mostram que é tempo de “sacodir a poeira”. Conheça esse panorama e a visão da Scania que, junto com seus clientes desse segmento, mantém o Brasil funcionando.
Odia estava lindo: sol a pino, mar azul, águas calmas, vento fresco. Algumas boas ondas de tempos em tempos, nada mais propício para quem costuma surfar. Nem parecia que as noites anteriores haviam sido de tormenta. Bastava um mergulho e a sensação de energias renovadas viria à tona. E nessa atmosfera, a certeza de que seria uma oportunidade incrível de sorrir para o mundo e de que tudo daria certo. Mas não deu. A onda foi tão forte que a rasteira foi inevitável. Alguns conseguiram se equilibrar. Outros levaram um grande “caldo”. E também teve quem embalou nas águas turbulentas e demorou a reaparecer depois que a onda passou.
Talvez você já até tenha vivido essa situação que desenhamos aqui. Buscamos esse exemplo porque ele representa bem o que aconteceu na realidade de tantos brasileiros desde o início de 2020, com a crise causada pelo coronavírus.
Achávamos que depois do balançar de 2019, teríamos um ano de calma, de céu azul, de águas tranquilas. Um ano de crescimento. E era para ser. Mas veio a onda e, de tão alta, fomos todos arrastados pela sua intensidade. Uns mais, outros menos. Mas todos impactados de alguma forma.
Em um paralelo com o setor de transportes e toda a cadeia que o envolve, o agronegócio foi aquele que se manteve de pé. O desequilíbrio foi brando, ele passou praticamente ileso por esse mar revolto e segue muito bem, obrigado. Tão bem que, além de dar as mãos a outros segmentos na tentativa de levantá-los dos efeitos da onda, ou melhor, da crise, também contabiliza resultados memoráveis mesmo quando a maré parece insistir em não baixar totalmente.
Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não nos deixam mentir. Segundo o órgão, a safra nacional de grãos deve novamente bater mais um recorde: 253,7 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 4,8% no comparativo com o que foi produzido na safra anterior. Na linha de frente desses números estão a soja e o milho, que correspondem a quase 90% da produção nacional* .
O estado de Rondônia é um dos que conhece bem essa realidade, já que tem esses grãos como dois dos principais produtos de sua economia. “Rondônia é um dos poucos estados brasileiros que dá a oportunidade de o produtor fazer duas safras: a safra normal e a que chamamos de ‘safrinha’. Tivemos um aumento de 25% na produção do milho e em 2020 também teremos crescimento”, comenta Evandro Padovani, Secretário de Agricultura de Rondônia.

O agro é pop

Para Evandro, o agronegócio é a grande oportunidade do país, principalmente agora com a retomada da economia. “O agro não parou, graças aos produtores do campo e aos transportadores e caminhoneiros pelos valorosos serviços que prestam à nação, transportando toda a nossa riqueza de leste a oeste”, destaca.
É essa movimentação, de escoamento e transporte da safra brasileira, que Alan Frizeiro, Gerente de Vendas de Soluções da Scania no Brasil, acompanha de perto. “Temos um trabalho no dia a dia com o transportador e percebemos agora um movimento de retomada, uma situação bastante positiva para a grande maioria dos segmentos. O agronegócio se manteve favorável desde o primeiro momento, com pouca oscilação, apenas o esperado para a safra e a entre safra. Na nossa visão, o agro está com operação ou em 100% ou em 80% em algumas regiões, mas essa queda tem mais relação com a questão sazonal do que com o impacto da crise”, explica o executivo.
Alan acredita que a alta demanda do agro é responsável por alavancar outros setores, inclusive o de transporte de cargas. “O agronegócio tem participação fundamental na receita e na produção da empresa, assim como é para toda a indústria de caminhões pesados e extrapesados. Historicamente, o segmento representa de 40 a 44% do mix de vendas totais de caminhões da marca. Diante da situação e da operação dedicada a esse setor, a tendência é chegarmos ao final do ano com uma participação ainda maior entre as vendas da Scania. Fora as notícias de safra recorde de novo, então são várias situações favoráveis para que isso aconteça até o final de 2020. E no momento em que o transportador precisa pensar em qual frota vai colocar para rodar, sem sombra de dúvidas uma frota mais nova é a escolhida pela maximização de rentabilidade, ou seja, ele opta pelo caminhão que de longe entrega o melhor resultado em quilômetro rodado”, contextualiza.
Atualmente, a Scania tem dois principais modelos pesados direcionados para o agronegócio: o R 500 e o R 540, ambos na configuração 6x4. “A Nova Geração vem se consolidando cada vez mais, os resultados e os clientes estão comprovando isso. A cada dia, confirmamos que o passo que demos com o TMA (Taylor Made for Application), com o caminhão feito sob medida, foi acertado e importante para trazer para o cliente a rentabilidade que ele precisa”, lembra Alan.

Para onde caminha o mercado

Assim como o transporte de grãos, outros segmentos também dão sinais positivos e começam a trilhar um caminho de melhora. “O transporte de contêiner, por exemplo, muito associado a importações e exportações, tem mantido, em sua grande maioria, 75 a 80% do volume de operação”, explica Alan.
O mesmo acontece no setor de combustíveis, que sofreu muito no início da pandemia, já que o abastecimento dos postos foi também impactado. “Mas já falamos em uma retomada em ritmo mais normal de 75 a 80% da operação, mesmo índice se pensarmos no restabelecimento do transporte de tanques de químicos, cuja recuperação aconteceu mais recentemente”, explica o Gerente da Scania.
Estes últimos, aliás, foram puxados pela volta gradual do desempenho da indústria. “Ainda percebemos uma certa instabilidade, com algo entre 50 e 75% do movimento, mas com sinais interessantes e uma tendência de um crescimento gradativo, até mesmo incentivado pelas demandas de transporte de químicos”, comenta. E, na outra ponta, as operações fora de estrada, como mineração, madeira e produção de cana-de-açúcar, seguem como o agronegócio, em um contexto mais estável e favorável.
Agora, diante desse panorama, cabeça erguida e, com a ajuda de quem se manteve de pé ou se equilibrou quando a onda bateu, é chegada a hora de sair desse mar. •
*Fontes:
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
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