O V8 completa 50 anos em 2019, mas seu ronco segue despertando paixões por onde passa. A fã Graziela
é uma das apaixonadas pelo motor – e por caminhões da Scania – e eternizou seu amor com uma tatuagem
em homenagem a esse cinquentão.
Ela é dona de um otimismo sem igual e de uma trajetória inspiradora. Carrega no corpo duas marcas
importantes da sua própria história. São tatuagens que contam sua paixão pela vida, pela Scania e
pela profissão da qual tem tanto orgulho. Graziela Jesuina Fernandes é de Santa Cruz da Conceição,
interior de São Paulo, mas veio para a capital ver de perto as novidades da Scania na Fenatran 2019.
E, mais do que isso, eternizar pela terceira vez a sua paixão pela marca.
Desta vez, o motivo foi além do amor pela Scania. “Esse desenho foi pela minha paixão pelo ronco do
V8, sou apaixonada por aquele ronco, mas ainda não dirigi um”, conta, com brilho nos olhos e sorriso
no rosto.
Foi na infância que a paixão por Scania começou. “Meu pai trabalhou desde sempre com caminhão e
quando fui entrando na adolescência o meu sonho já era ser caminhoneira. Mas sempre disse que se eu
fosse, tinha que ser dirigindo um Scania”, relembra ela, que começou a viajar ao completar 15 anos.
As viagens foram ao lado do marido, Gerson Galera. “O tio do meu marido é outro apaixonado por
Scania. Então, juntou eu, meu marido e o tio dele com a mesma paixão. Ele só tem Scania. Fui
seguindo e me apaixonando cada vez mais, olhando a modernidade e tudo de novo que foi surgindo com a
Scania, porque a evolução da marca é fantástica”, conta.
A primeira tatoo
Foi quando ela fez a primeira tatuagem. “É a imagem de um chaveirinho. Quando o tio Amarildo comprou
um caminhão, em 2013, ele ganhou um chaveirinho com imagem de um tanque e eu quis unir a minha
paixão e a do meu marido ao nosso amor por caminhão. Aí acrescentei dois G (de Graziela e de
Gerson)”, explica.
O tempo passou e ela idealizou o segundo desenho, ainda mais poético que o primeiro. “A Scania tinha
lançado um grifo com uma caveira. Usei o desenho e juntei com minhas ideias: o grifo, que é a
Scania; o cristal, que é como nós, mulheres de caminhoneiros somos conhecidas na estrada; e a
caveira, que significa a eternidade, porque todos nós somos iguais, só temos a carne e, depois,
quando partirmos, viramos ossos. Embaixo escrevi ‘truck life’, que é a vida na estrada, porque cada
dia é um dia diferente. E assim é minha paixão pela Scania”, conta.
Por falar em vida na estrada, Graziela lembra que os desafios são muitos. “A mulher é caminhoneira
por paixão. Não é porque está saindo para trabalhar. Muitos homens vão pelo dinheiro e a mulher não,
é por paixão. Somos muito mais cuidadosas, cautelosas. Mas ainda há muito preconceito”, pontua.
Futuro e escolhas
Se a escolha é por amor, há que se pensar no futuro: “Hoje o meu maior desafio foi ter que escolher
entre ter um filho e estar na estrada. E eu escolhi estar na estrada.”
E para quem está nas estradas, conforto é tão importante quanto a paixão. “Para quem ama caminhão,
você pode colocar um modelo antigo e um novo que o arrepio é o mesmo. Mas quando você entra, vê a
diferença do conforto. É a primeira coisa. Você sabe que pode andar 600, mil km num Scania, que vai
deitar e dormir tranquila.”
A única crítica de Graziela foi quanto à demora para a chegada da Nova Geração no Brasil. “Como sou
uma apaixonada por caminhão, via um lançamento, via outro, e pensava: ‘Scania, cadê você, o que
vocês estão fazendo?’ E quando chegou, foi bombástico, veio e brilhou, fez aquela transformação.”
Transformação que, aliás, ela acompanha bem de perto. Tanto que, ao ser questionada sobre parar de
trabalhar com caminhão, ela é enfática: “Tem que ser uma baita de uma oferta, mas não vai ser fácil.
O meu marido pensou em desistir várias vezes, mas eu não deixei porque a gente não pode parar.
Ninguém para na vida. Não é porque deu uma queda que temos que parar. Temos que mostrar que somos
fortes o suficiente para começar de novo e subir novamente. Não pode parar, a vida é essa. A paixão
continua.”
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