Scania vende 300 caminhões da Nova Geração para o G10
Maior compra da história do grupo de
transportadoras, num mesmo ano, conta com os modelos R 500 6x4 e R 450 6x2; G10
planeja crescer 17% em 2019
Por Carlos Eduardo Biagini
Ao comprar 300 unidades, o G10, de Maringá (PR), acaba de se juntar à AMAGGI na história da
Scania como os maiores compradores da Nova Geração de caminhões da marca, lançada em novembro.
Com a consultoria da Casa Scania P.B.Lopes, baseada na maior rentabilidade e nas características
da operação, os modelos customizados como ideais foram R 450 6x2 e R 500 6x4. As entregas ao
conglomerado de transportadoras já começaram e seguirão ao longo do segundo semestre. Serão 190
produtos para a Transpanorama e outros 110 divididos entre as demais empresas (Transfalleiro,
Cordiolli, Rodofaixa e VMH Transportes).
"Mais um grande lote vendido que comprova a revolução que a Nova Geração de caminhões está
fazendo. O G10 é um dos maiores frotistas do Brasil, e optou pela solução que oferece o menor
custo total da operação por quilômetro rodado via customização ideal do produto para a
aplicação", afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. "A economia de diesel
de até 12%, em relação à linha anterior, está fazendo a diferença no dia a dia dos clientes. Já
recebemos cerca de 7 mil encomendas da ‘Máquina dos Sonhos’."
Segundo Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 e diretor Administrativo da Transpanorama,
os primeiros lotes recebidos estão surpreendendo as empresas do Grupo. "Comprovamos que a
economia de diesel da Nova Geração é maior do que a geração anterior, como foi prometido pela
Scania", conta. Adamuccio revela que são três pilares que definem a escolha de um produto e uma
marca para o G10. "O primeiro é o econômico, pois na conta do transporte o combustível é o
campeão no custo total. O segundo é o conforto da cabine, pois a mão de obra está escassa e
precisamos oferecer o melhor caminhão para reter o motorista. O terceiro pilar é a maior
disponibilidade de horas do caminhão. Não podemos perder dinheiro com o produto parado e ele
precisa dar o mínimo de manutenção."
O lote de 300 unidades foi a maior compra de caminhões num mesmo ano da história do G10. "A
quantidade explica nosso otimismo para 2019. Estamos expandindo os negócios. Abriremos 10
unidades de embarque do G10 e mais quatro para a Transpanorama. Movimentos que aumentarão o
faturamento. No G10, planejo crescer 17% e na Transpanorama projetamos um acréscimo de 17% no
faturamento. A Nova Geração da Scania será essencial para cumprir estas metas. Na nova gestão do
transporte vale o custo por km rodado."
Os caminhões Scania R 500 6x4 são ideais para atuar em longas distâncias e rodarão com
implementos rodotrens graneleiros de 25 metros, com capacidade para transportar até 49,5
toneladas de grãos cada um. Todos equipados com freio auxiliar hidráulico Retarder de 4.100Nm.
Já os R 450 6x2 são modelos versáteis, também para longas distâncias, e podem formar conjuntos
com sider, baú, tanque, por exemplo, além de outras opções diversas.
O agronegócio sempre foi um dos pilares do transporte de cargas rodoviário. E, da mesma forma
para o faturamento da Scania. "No caso da Scania, em 2018, o agronegócio representou cerca de
40% do total vendido de caminhões. Para 2019, queremos aumentar esta participação. Estamos
otimistas", diz Munhoz.
A verdadeira ‘Máquina dos Sonhos’
A Nova Geração de caminhões Scania chegou ao Brasil em novembro de 2018, apenas dois anos após o
lançamento na Europa. As novas cabines foram desenvolvidas com a mais alta tecnologia disponível
no mercado e sob a perspectiva do condutor. A marca sueca decidiu manter a nomenclatura P, G e
R, mas nenhuma peça da cabine da gama anterior foi reaproveitada. É uma característica da Scania
privilegiar o motorista na criação do seu produto, algo que faz toda a diferença no dia a dia do
trabalho no setor de transportes. O posicionamento do condutor foi realocado para que ele tenha
uma melhor visibilidade externa e o painel foi rebaixado.
A Scania passou de 7 opções para 19 tipos de combinações variantes das novas cabines P, G, R,
além da estreante S, com piso interno totalmente plano. Junta-se à novas cabines o pacote XT,
formado por componentes específicos para pisos irregulares e também indicados para operações
fora-de-estrada.
Entrevista com Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10
Claudio Adamuccio, 59 anos, natural de Osvaldo Cruz (SP), é um dos transportadores mais
experientes do Brasil. Acompanha e cuida de perto sua frota, incentiva e valoriza seus
motoristas e luta ativamente pelos direitos do setor em fóruns de entidades de classe e do poder
público. Sem deixar de estar antenado com as tendências, as novas tecnologias e o futuro do
transporte de cargas rodoviário.
Quando foi o primeiro contato com a Nova Geração Scania?
R. Foi em 22 de agosto de 2016, em Paris, no lançamento mundial
realizado pela matriz. Tive o
privilégio de conhecer o engenheiro-chefe do projeto e ele me deu muitos detalhes do produto. Já
imaginei o quanto seria bom quando chegasse no Brasil. O segundo contato foi quando a Scania
antecipou dois motores da Nova Geração, nas potências 510 e 450cv, ainda na geração passada mas
já com o novo sistema XPI, de múltiplas injeções. Compramos os primeiros modelos a sair da linha
em fevereiro de 2018. No total, adquirimos 170 caminhões e já fomos comprovando a maior economia
de diesel.
As 300 unidades são para expansão ou substituição da frota, ou por otimismo com a
melhora da economia e do mercado?
R. Um pouco destes três ingredientes. Em 20 anos, não deixamos um ano sequer de comprar
caminhões, mesmo com as crises econômicas brasileiras ou mundiais. Mas, reduzimos os volumes
entre 2014 e 2017, no período da última crise. Em 2018, aumentamos um pouco a quantidade. Em
2019, com o mercado aquecido voltamos com tudo; e precisei aumentar e substituir a frota para
compensar os menores volumes dos anos passados. Estamos sempre antenados às novas tecnologias e
modernidades para buscar a eficiência com a diminuição de custos e aumento de produtividade.
O setor de Transportes vive uma modernização de gestão. A nova conta a ser feita envolve
o custo total da operação, a escolha da solução ideal para a aplicação, o custo por km
rodado e a idade média da frota?
R. Sim. Hoje, as margens de lucro estão muito mais ajustadas. A informação está mais fácil e
temos muitas ferramentas de gestão. O maior custo é o diesel, e o segundo o motorista. São dois
fatores relevantes e estão ligados à marca do caminhão. Se compro um veículo que consome mais e
não é confortável estou colocando minha operação em risco, para não ter lucro. Um motorista que
não está satisfeito com o produto pode não dirigir tão bem e aumentar os gastos com manutenção.
Trabalhando feliz e satisfeito ele terá mais cuidado.
Quem vai sobreviver no mercado de transportes de cargas?
R. Quem tiver a operação com muita tecnologia, custos extremamente enxutos e verdadeiras
parcerias de
negócio. Não vejo uma má gestão sobrevivendo no futuro. Em Paris, em 2016, no lançamento da Nova
Geração
da Scania, houve uma palestra com a federação local de transportes. Lá as empresas já não
sobrevivem
apenas com o faturamento do frete, das margens do transporte. Se a transportadora não tiver um
Centro de
Distribuição, acordos de coletas e distribuição e armazenagem para cuidar do ciclo completo não
sobrevive. Tenho que antecipar tendências para continuar saudável no mercado.
A frota adquirida atuará em novos segmentos?
R. Não, vamos manter e fortalecer os ramos de atuação. Hoje, temos um mix diversificado: grãos,
postal/e-commerce, aço,
combustíveis, fertilizantes, sementes, produtos de higiene e limpeza e alimentos. Atuamos com
sider, baú, tanques e
graneleiros. Hoje, a divisão do faturamento está em 35% para postal/e-commerce (entregas para os
Correios), 35% nos
grãos, combustíveis (10%), e os outros 20% divididos respectivamente.
Compartilhe:
Envie seu comentário para ser publicado
Sua mensagem foi enviada com sucesso.
Erro
Lamentamos! Houve um erro no envio de sua mensagem.