Ônibus Scania GNV/biometano é solução eficiente para a sustentabilidade ambiental e econômica; após demonstrações veículo pode reduzir o custo por quilômetro rodado em até 20% e diminuir as emissões de CO2
[ Texto: Carlos Eduardo Biagini / Fotos: Arquivo Scania ]
A dependência 100% ao diesel é um tema que fica cada dia mais difícil de ser defendido do ponto de vista da sustentabilidade para melhorar o planeta. As emissões de CO2 de automóveis, caminhões e ônibus contribuem para o aumento da poluição global, além de elevar os contaminantes locais nocivos à saúde e ao ecossistema como material particulado e óxidos de enxofre, entre outros gases. A Scania, parceira líder do cliente na transição para um setor de transporte mais sustentável, sabe que faz parte deste problema e trabalha para ser parte da solução na busca por alternativas viáveis ao diesel. E, neste momento, o modelo ideal para o ‘Aqui e Agora’ no Brasil é o ônibus movido a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano, que se enquadra nos três pilares sustentáveis: econômico, social e ambiental.
Outras tecnologias como o veículo movido a eletricidade, implicam em grandes custos na aquisição das baterias e alto investimento para implantação de infraestrutura de carregamento. O mesmo acontece com os veículos híbridos, que demandam altos custos de aquisição e operação.
“A Scania está vivenciando uma mudança fundamental no que se refere ao transporte de passageiros para o ecossistema da mobilidade ideal: veículos elétricos. Este é o futuro, certamente. Mas, antes devemos passar pela tecnologia movida a gás e biometano no Brasil. Na Europa foi e está sendo assim. Ainda não há viabilidade econômica do ônibus elétrico aqui”, afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. “As grandes cidades estão se preparando para o futuro, e todas as formas de transporte deverão se ajustar às metas necessárias de redução global de carbono, como firmado no Acordo de Paris. A Scania é e será uma parceira incansável ao lado do cliente.”
Neste momento, a Scania segue firme no processo de homologação do ônibus movido a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano, no Brasil. A homologação desse ônibus depende de três fases: do chassi, da carroceria e do sistema de abastecimento do gás. A etapa do chassi já está finalizada. “A Scania acredita que o processo completo esteja aprovado no primeiro semestre de 2020. Enquanto isso, estamos preparando a linha do produção e fazendo os investimentos necessários na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Portanto, prevemos que o início da comercialização do produto seja a partir do segundo semestre de 2020. A Scania disponibilizará modelos urbanos e rodoviários”, diz Munhoz.
“Com dezenas de demonstrações feitas pelo país desde 2014, já foi comprovada a viabilidade do ônibus a gás em comparação ao diesel, além de minimizar a emissão de gases poluentes e de poluição sonora. Comparando com os atuais preços praticados dos dois combustíveis, a redução do custo por quilômetro rodado pode ser de até 20%”, conta Fábio D´Angelo, gerente executivo de vendas de Ônibus da Scania no Brasil. “As consultas sobre esta tecnologia não param, e temos certeza do potencial de vendas e da cadeia sustentável que será criada. Os operadores urbanos e de linhas rodoviárias e órgãos gestores buscam uma alternativa viável ao diesel. Eles estão abertos a conhecer, e estamos dispostos a apresentar”, diz D´Angelo.
Demonstrações em dezenas de localidades
Desde 2014, quando a Scania trouxe um ônibus 100% sueco para iniciar as demonstrações no Brasil, inúmeras cidades receberam o modelo. A primeira experiência foi no Paraná, na Itaipu no transporte interno de funcionários com o abastecimento de biometano gerado pela Granja Haacke. O veículo também passou, como exemplo, por São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (no transporte interno de colaboradores da Braskem na fábrica de Triunfo) e Sorocaba (SP). Em 2016, houve o lançamento do modelo nacional e mais localidades conheceram a tecnologia, a exemplo Campinas (SP). As últimas demonstrações foram no Recife, em Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba.
Motor que pode receber gás e/ou biometano
O propulsor é 100% a gás e biometano, e pode ser abastecido com qualquer mistura de ambos. Não é conversão. Há garantia de fábrica e tecnologia confiável. Aliás, a curiosidade da efetividade desta alternativa é que o motor é desenvolvido no Ciclo Otto, o mesmo dos automóveis, e não no Ciclo Diesel, tradicional usado nos veículos comerciais. Dessa forma, ele se torna perfeito e muito mais silencioso, pois as velas diminuem o barulho na hora da combustão. O biometano (biogás purificado) pode ser oriundo de dejetos animais e humanos, lodo sanitário e resíduos de diversas culturas agrícolas, como cana-de-açúcar, cascas de frutas, ovos e etc. Portanto, este combustível é inteiramente sustentável e pode perfeitamente ser injetado nas redes de abastecimento já existentes de gás natural veicular (GNV).
Linha pronta para atender as urgências da mobilidade urbana
A linha Scania com motor a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano oferece três modelos. O K 280 4x2, que pode receber carrocerias de 12,5 a 13,20 metros de comprimento, e capacidade para levar de 86 a 100 passageiros. O K 280 6x2, de 15 metros de comprimento, com terceiro eixo direcional e capacidade para até 130 passageiros. Ambos equipados com motor de 280 cavalos. E o articulado K 320 6x2/2, de 18,6 metros e capacidade para 160 ocupantes, com propulsor de 320 cavalos.
Para os ônibus movidos a GNV e/ou biometano não são necessárias alterações significativas nos projetos das carrocerias. Apenas a instalação dos cilindros de gás, que no caso dos veículos com piso normal, são colocados nos espaços disponíveis entre as longarinas do chassi (abaixo do assoalho) e em opções com entrada baixa, a implantação é sobre o teto. Os veículos Scania a gás recebem um trem de força que não só atende, como supera a geração mais avançada da legislação de emissões da Europa, a Euro 6. No Brasil, a Lei atual exige conformidade com a norma equivalente a Euro 5. Os veículos terão autonomia de 300 km. Caso a operação necessite de uma autonomia maior, é possível avaliar a colocação de mais cilindros.
Para a linha rodoviária, no primeiro momento o foco será no fretamento e linhas de pequenas distâncias na versão 4x2. “Temos certeza que as outras opções chegarão com o aumento da demanda, pois os clientes verão os benefícios que os modelos a gás proporcionam em comparação ao diesel. Nossos investimentos e estudos são para cenários de médio e longo prazo, e estamos pensando sempre no melhor para o cliente. A sustentabilidade é um caminho sem volta”, conclui Fábio D´Angelo.
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