[ Destaque ]
[ Texto: Simone Leticia Vieira / Foto: Wagner Menezes, Luciano Vicioni - WM Photo Studio, Arquivo Scania ]
Além dos novos caminhões movidos a gás e biometano, a Scania tem lançado um novo olhar para a sustentabilidade em toda a cadeia de transporte. E você, o que tem feito pelo bem do planeta?
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espire fundo. Sinta o ar que entra e sai do seu corpo. Perceba cada movimento que ele faz enquanto você inspira e expira. Observe a você mesmo, ouça seus pensamentos. Eles vêm e vão. Deixe-os fluir. Converse com seus sentimentos. A cada inspiração, segure o ar por alguns segundos antes de expirá-lo. A cada expiração, visualize eliminar de você todas as energias negativas, o cansaço, as preocupações. Esqueça o mundo lá fora. Faça ciclos desse exercício até que se torne um hábito. No seu tempo, no seu ritmo. Aprofunde a sua experiência, concentre-se na sua respiração e se deixe envolver, cada vez mais, nessa prática. E, sempre que puder, faça isso em um parque, sentado na grama, embaixo de uma árvore.
É da natureza que vem esse ar. É para ela que ele volta, em questão de segundos. É esse ar que renova cada célula do seu corpo, diariamente. Mas o processo é tão natural que você não se dá conta. Também não percebe que é esse ciclo vivo que te conecta ao planeta. Você pertence a ele. É com o planeta que você segue fazendo a sua troca diária, desde o simples ato de respirar até as ações mais planejadas, como comprar um carro, por exemplo.
Mas, por que você não analisa, da mesma forma como esse exercício de reconexão aqui proposto, qual é a troca feita com o mundo no momento em que consome um produto? O que é que ele te traz de benefício e o que ele oferta de volta ao planeta? Se uma ação natural e involuntária traz essa reflexão, por que não aplicá-la àquilo que se escolhe ter ou fazer?
Felizmente, essa nova visão vem sendo praticada no setor de transportes. Primeiro porque muita gente já entendeu que mudar seus hábitos de consumo faz a economia se movimentar para outra direção. Claro, se você não compra mais desta ou daquela marca por levar em conta o futuro do planeta, a demanda diminui, o transportador perde mercado, o produtor precisa se reinventar. Depois porque o segmento vem sendo visto como o principal responsável pelas emissões de CO2, e isso, aliado à mudança de comportamento do consumidor, tem levado as empresas a repensarem seu processo de reinserção no mercado – e, consequentemente, na natureza.
Evoluir para transformar...
Há quem pense que essa evolução não seja assim tão fácil. Toda mudança requer esforço, é verdade. É preciso quebrar paradigmas, estabelecer uma nova cultura, um novo jeito de se pensar. E se avaliarmos o que o mundo viveu nos séculos passados, fica óbvio que transformá-lo é possível.
Passamos de uma economia movida pelo consumo desenfreado do petróleo – não se esqueça de que praticamente tudo, até o pote da manteiga que você consome no seu café da manhã é derivado do petróleo – para uma era de crise na venda do ativo. Vivenciamos as indústrias em seu auge para depois ver o País em altos e baixos econômicos. Saímos do fax para o e-mail, da linha fixa para o celular, da antena parabólica para o satélite e o sinal a cabo. Tudo se conectou e é chegado o momento de você se conectar, desta vez, com o planeta.
“Até então, o petróleo resolvia, baixava o custo, era para todo mundo, tudo era igualzinho. E agora começam a aparecer mil alternativas, que sempre estiveram aí e que ninguém queria olhar. Estamos com mais possibilidade de natureza hoje do que antes”, comenta Mario Mantovani, Diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
E a Scania olhou. Enxergou as possibilidades que a natureza oferece, entendeu também como devolver para ela, de forma mais saudável, parte daquilo que utiliza, pensou no agora e no futuro e se reconectou, enquanto empresa e com o planeta.
Essa reconexão começou quando a marca anunciou a chegada da sua Nova Geração de caminhões, que por consumir até 12% menos combustível, polui menos, traz mais rentabilidade e sustentabilidade para toda a cadeia de negócios. O segundo passo foi dado com o lançamento dos novos caminhões movidos a gás e biometano. E a etapa mais importante tem sido registrada desde esse lançamento, com os parceiros da marca que aderiram a essas soluções para também transformarem as suas operações.
“A Jornada da Scania não pensa somente no hoje, mas no futuro das próximas gerações. Há quase quatro anos, no lançamento da Nova Geração em Paris, assumimos o compromisso de mudar o transporte focados em sustentabilidade. E hoje, aqui no Brasil, nos dá um orgulho imenso ver que nossos clientes e embarcadores, cada vez mais, estão aderindo e acompanhando essa nossa jornada, totalmente em linha com o nosso propósito”, destaca Roberto Barral, Vice-Presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil.
Outra boa notícia para os incrédulos vem da Agência Internacional de Energia (IEA): as emissões de CO2 permaneceram estáveis em 2019*, mesmo com o aumento da economia global em 2,9%, o que naturalmente faria com que elas crescessem.
A conectividade certamente impactou nesse resultado. Na Scania, os Serviços Conectados também fizeram essa conta: foram 86 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera com a chegada da Nova Geração da marca, o que equivale a 516 mil árvores plantadas, segundo estudos da Fundação SOS Mata Atlântica. Ou seja, existe sim um caminho que alia eficiência energética, transporte inteligente e seguro e o uso de alternativas sustentáveis pelo bem do planeta, visão que não é só da Scania.
[ Em números ]
a menos na atmosfera com a chegada da Nova Geração Scania, o que equivale a 516 mil árvores plantadas.
...transformar para evoluir
Clientes como RN Logística e Jomed Transportes, por exemplo, foram os primeiros da Scania a apostarem no caminhão a gás da marca. Não só porque os próprios embarcadores passaram a exigir de seus parceiros um olhar mais sustentável para toda a cadeia de negócios, mas também por pensarem que esta é a trajetória para o transportador do futuro.
Rodrigo Navarro, proprietário da RN Logística, foi o responsável pela compra do primeiro modelo a gás, veículo que fará parte da frota que atende a L’Oréal. Para ele, o propósito da Scania se difunde com o da própria empresa. “Temos a proposta de em cinco anos estarmos com a operação 100% verde e queremos ser referência no mercado de logística sustentável”, conta Navarro. A empresa hoje, além dos caminhões movidos a combustíveis alternativos da Scania, opera com outros veículos elétricos e a gás em uma frota menor.
É um caminho sem volta, todos vão precisar migrar para soluções mais sustentáveis e, como a Scania, nós apostamos nisso.”
Rodrigo Navarro, proprietário da RN Logística.
“A RN Logística tem um apelo muito forte na questão ambiental. É um caminho sem volta, todos vão precisar migrar para soluções mais sustentáveis e, como a Scania, nós apostamos nisso. Temos a estimativa de alcançar cerca de 30% em economia com combustível e ainda contribuir com a redução das emissões de CO2”, completa Navarro.
O mesmo aconteceu com a Jomed. Três razões principais motivaram a decisão de compra: a tendência do mercado, os bons resultados alcançados com a Nova Geração Scania e as exigências dos embarcadores. “O mercado e os embarcadores já estão começando a exigir isso da gente. Então, mais cedo ou mais tarde, temos que procurar esse caminho. Sem falar na economia que vamos ter com o produto, além da sustentabilidade”, explica Vanderlei Braga Garrido, proprietário da empresa ao lado do filho, Eduardo, que complementa: “Pensamos em ser um dos pioneiros, sair na frente desse mercado junto com um cliente nosso, e por isso resolvemos investir.” Os dois novos R 410 a gás irão transportar cosméticos da L’Oréal em uma rota entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Para a L’Oréal, o investimento de seus parceiros faz parte de um processo de alinhamento de objetivos maiores entre embarcador e transportador. “Como líder mundial no mercado de beleza, é nosso dever incentivar soluções que permitam reinventar o negócio, respeitando o meio ambiente. Temos feito um trabalho de educação dos nossos transportadores sobre o conceito de sustentabilidade para elevar a barra de maturidade deles sobre o tema. Consequentemente, à medida em que vamos elevando o nível, começamos a colocar mais exigências. Desde o ano passado, passamos a incluir a sustentabilidade como um pilar muito forte nas avaliações de contratação de novos transportadores. E aí entra idade de frota, redução de energia, modais novos propostos, alternativas mais sustentáveis, avaliação do impacto ambiental das empresas e maturidade em sustentabilidade, que já é um requisito hoje avaliado pela empresa”, explica Renan Loureiro, Gerente Nacional de Transportes na L’Oréal.
Mas, junto com essa avaliação, é importante fazer a conta fechar. Isso porque de nada adianta tornar a sustentabilidade um valor se a própria logística de compra do veículo ou o processo de transporte não se sustentarem no longo prazo. “Em um ano, a conta não fecha para o transportador. Mas, juntos, achamos a equação de valor que seja viável para ele e para a empresa, já que não é nosso objetivo gastar mais ou fazer a sustentabilidade pagando por isso. O que queremos é fazer alinhado ao que já temos hoje e de forma que o nosso parceiro não seja onerado por isso. Para o pequeno transportador, muitas vezes, investir em um caminhão como este da Scania, uma solução sustentável, é a porta de entrada para uma grande empresa, que vai credenciá-lo depois para fazer venda ou ampliar negócios com outros embarcadores. Então, o que fazemos é encontrar um meio termo de flexibilização de prazo ou de garantia contratual, para que ele tenha retorno ao longo do tempo daquele investimento que fez”, pontua Loureiro.
A Scania é uma empresa que, assim como nós, também busca ter um impacto positivo na sociedade.”
Renan Loureiro, Gerente Nacional de Transportes na L’Oréal.
Por falar em oportunidades...
Um novo processo, com exigências dos embarcadores, novos perfis de consumidores, mais parcerias e investimentos em tecnologia sustentável, trouxe para o mercado um outro jeito de fazer negócios, além de reconexões importantes.
É que se antes as empresas se viam como concorrentes, hoje se aliam em busca do mesmo objetivo, processo natural que o planeta quer da gente. Um sistema em que todo mundo faz, ganha junto e devolve para o mundo os benefícios na mesma proporção que recebeu. Isso é ser sustentável.
“É hora de a gente se unir, porque tudo é novidade para todo mundo, não sabemos qual vai ser o retorno, como o caminhão a gás vai se comportar na operação. Estamos entendendo como podemos, por exemplo, fazer juntos um posto de abastecimento de forma que seja bom para todos os lados e que, logisticamente, esteja em um lugar estratégico para atender o cliente”, sinaliza Eduardo Garrido.
Para Navarro, este é o caminho ideal. “Essa questão da sinergia do abastecimento é um fator que vai nos afetar. Então, a gente vai conseguir fazer essa união e criar uma forma de rentabilizar para ambas as partes e cumprir com o que o cliente quer”, afirma.
“Estamos buscando essas parcerias, juntando forças com a própria RN para tentar viabilizar e ter o ponto de abastecimento dentro da companhia. O investimento é alto, a operação é complexa, envolve um conjunto de componentes que vamos ter que estudar para ver se o projeto será viável ou não”, adiciona Sidnei Alves, Diretor Financeiro da Jomed.
Pensamos em ser um dos pioneiros, sair na frente desse mercado junto com um cliente nosso, e por isso resolvemos investir.”
Eduardo Garrido, proprietário da Jomed Transportes.
...é hora de criar novas conexões
Essa é apenas uma das tantas oportunidades que o mercado de transportes tem trazido. Parcerias fazem as empresas respirarem novos ares e se reconectarem, umas com as outras, e todas com o planeta. Especialmente quando, junto com esse movimento, há o uso de alternativas mais simples, limpas e amplamente disponíveis no Brasil, como o gás natural.
É o que rege a economia de baixo carbono, tão em voga na atualidade, mas tão praticada apenas no discurso por tantas companhias. Para quem não sabe, o termo nada mais é do que um sistema econômico com baixa emissão de CO2, ou seja, um conjunto de ações que visam o desenvolvimento da economia, das empresas e da sociedade como um todo em que as fontes de energia são renováveis. “Não é só sobre plantar árvores. Faz parte e a gente gosta muito disso. Mas é sobre desenvolver o nosso cliente e o sistema de transportes, devolver investimento para esse sistema, para o nosso cliente e ajudar no desenvolvimento do nosso País”, ressalta Márcio Furlan, Diretor de Comunicação e Marketing da Scania no Brasil.
“A Scania é uma empresa que, assim como nós, também busca ter um impacto positivo na socidade. Ela fomenta a vinda de novas tecnologias para o Brasil, buscando parceiros, embarcadores, clientes e vai além do seu negócio direto de compra e venda de veículos. Assim conseguimos fazer uma logística diferente. Um exemplo é a relação com a L’Oréal, que não tem frota própria. Os veículos a gás são uma inovação e põe a Scania à frente de todos os seus concorrentes, desenhando um novo mercado. É uma nova logística que vamos ter no Brasil e isso abre as portas para um futuro em que, mais adiante, mesmo não sabendo qual será a tecnologia e novidades, sabemos que certamente a Scania estará na frente”, conclui Loureiro.
É no que a Scania está focada. “Não estamos trabalhando só para um transporte mais sustentável, e sim por um mundo mais sustentável. Para todo mundo que atua com transporte, para as nossas famílias e para a gente mesmo”, lembra Furlan.
E é no que você está focado (a) também. Acredite: se a tão comentada economia de baixo carbono já é uma realidade, aqui e agora, é porque você também tem reavaliado seus hábitos, seus valores, seu comportamento. O que compra, o que come, com o que gasta, onde investe seu tempo e sua energia. O que, assim como a Scania, você está desenvolvendo e devolvendo para a natureza. Afinal, é ao se entender consigo mesmo, que você muda a sua relação com o mundo, com o mercado, com o consumo. E, caso ainda não tenha feito esse exercício, reconecte-se com o que realmente importa. Respire novos ares. O seu corpo e o planeta agradecem.
Parceria para atender o mesmo cliente: Eduardo Garrido e Sidnei Alves, da Jomed, e Rodrigo Navarro, da RN Logística estão estudando, juntos, a viabilidade de um posto de abastecimento próprio.