Seu lugar a bordo

O apelido dele é Binho, mas o nome completo é Clauber Alves. “Uma tia me chamava de Claubinho e o apelido no diminutivo acabou pegando”, diverte-se. Binho começou na Scania em 2003, como ajudante de promotor de eventos. Foram quatro anos ao lado de Ivair até ser chamado para começar a atuar a bordo de seu próprio caminhão. “No começo, eu ajudava o Ivair em algumas tarefas da organização do evento, como paisagismo, acertar o lugar onde íamos estacionar o caminhão, enquanto ele ficava com a parte mais burocrática. Agora, faço tudo sozinho: contrato fornecedores, buffet e administro toda a estrutura do evento, além de apresentar as novas soluções em conectividade da Scania para os clientes junto com o time das concessionárias”, explica.

Aos 36 anos, Binho, que hoje é responsável pelas feiras regionais do Norte e do Nordeste do Brasil, conta que mesmo com toda a potência do seu S 500 azul, nem tudo são flores pelo caminho. “O deslocamento nem sempre é fácil. Às vezes, precisamos encarar alguns trajetos em que é necessário pegar uma balsa, passamos por trechos de estrada de terra, cheios de buracos. Mas quando chega o dia do evento, a estrutura está motanda e o cliente entra no trailer e vê o espaço arrumado, com muitas luzes, é gratificante demais. Ver o brilho no olhar do cliente faz valer a pena todo o esforço para chegar até ali”, revela.

Paixão pelo que faz

Ivair também já passou por situações como essas. Mas o maior desafio veio quando ele foi convidado a levar a marca Scania para uma feira em Montevideo, no Uruguai. “A Scania participou de uma feira chamada Montevideo Motor Show, em 2008 e em 2010. Fui convidado para levar a carreta até lá e esse com certeza foi o meu maior desafio. Aqui, conhecemos todos os fornecedores, já temos alguns parceiros. Lá eu não tinha esses contatos. Fora que ainda não havia feito nenhuma viagem de caminhão para fora do Brasil”, lembra.

Mas, para quem trabalha com os veículos da Scania desde as horas de folga do serviço militar nos anos 90, não há desafio que não possa ser superado. Assim como a feira internacional, outros tantos eventos das regiões Centro-Oeste, Norte e alguns do Sul do Brasil são conduzidos por Ivair a bordo do S 500 6x2. Na agenda do segundo semestre, estão cidades dos estados de Rondônia e Acre.

A saudade às vezes aperta: “Já faz quase um mês que estou fora de casa e já cheguei a ficar 97 dias longe da família. No começo era mais complicado, mas agora os filhos já estão crescidos e tudo fica mais fácil”, conta o paulista de 48 anos. E quando questionado se pensa em trocar de profissão, a resposta é enfática: “O dia mais triste da minha vida será quando eu parar de fazer o que eu faço.”

Fortalecendo as relações

Ficar parado também não é para Adenilson. O relógio já marcava quase sete horas da noite quando ele estacionou, na cidade de Carolina, no interior do Maranhão, para contar à equipe da Jornada a sua história com a Scania, que começou em 2003. Ele havia saído de São Bernardo do Campo, em São Paulo, com destino a Paragominas, no Pará. Depois de 28 dias fora de casa, pegou um avião e voltou para São Paulo, onde passou 15 dias para matar a saudade da esposa e dos filhos, um menino de oito anos e uma bebê de um ano e três meses.

Emocionado, ele relembra a falta que sentia da família no início: “Quando comecei, meu filho mais velho tinha dois anos. A saudade de casa era tão grande que em um evento eu guardei toda a estrutura e peguei estrada um dia antes do previsto”, conta. Após a pausa para um respiro – e embora a saudade continue sendo um desafio diário -, ele prossegue dizendo que retornou a Sergipe, pegou o seu R 450 preto na concessionária e estava a caminho de Imperatriz, para mais uma feira regional que contará com a participação da Scania. “São quilômetros e dias de estrada, mas é muito gratificante fazer o que eu faço. A gente faz amizade com os clientes, com as equipes das concessionárias. O laço é tão forte que, quando eu volto para alguma outra feira, as pessoas querem que eu me hospede na casa delas e não em um hotel”, relata.

Adenilson atribui essa facilidade de se relacionar a um dos valores da Scania, o respeito ao indivíduo: “Nossas abordagens são sempre muito humanas. Colocamos em prática o respeito ao indivíduo, premissa da marca, em tudo que fazemos e em todas as nossas relações. Não medimos roupa, sapato, fisionomia de quem entra no nosso trailer. Enxergamos pessoas e simplesmente nos aproximamos. É o que cria laços e torna o nosso trabalho ainda mais especial.” •