[ ENTREVISTA ]

A palavra do futuro

[ Foto: Scania ]

Gil Giardelli é um estudioso de inovação e Economia Digital. O web ativista e difusor de conceitos e atividades ligadas à sociedade em rede, colaboração humana, economia criativa e estudos do futuro esteve na Scania e falou sobre a nova fase da companhia, em que a inovação é a peça-chave para o futuro sustentável do transporte.

Inovar é mudar. E toda mudança requer uma ruptura de pensamento. É preciso se abrir para o novo, se transformar para também transformar o que e quem está ao redor. No mundo corporativo, isso significa que a companhia que não se mantiver atenta às mudanças e colocar em prática novas soluções e uma forma diferente de fazer negócio ficará ultrapassada. A Scania já incorporou esse conceito e entendeu que o caminho da inovação - a palavra do futuro - é mais do que fabricar produtos, peças e oferecer serviços. “As empresas de transporte, principalmente a Scania, estão deixando de ser companhias que fabricam produtos, para pensar em soluções inteligentes. Tudo o que está sendo planejado e executado é para incluir inteligência na conexão entre as cidades, entre as cargas, entre o contratante e o responsável que realiza o frete. Essa é a nova ordem mundial sobre o transporte, que todas as empresas precisarão seguir”, explica Giardelli. A seguir, mais da entrevista com o especialista:

Como você enxerga hoje a inovação no transporte?

Eu acho que as empresas de transporte, principalmente a Scania, estão deixando de ser empresas da indústria de fabricar produtos para pensar em soluções inteligentes. Então, tudo isso que está sendo feito aqui no Brasil e lá fora é para transformar, para colocar inteligência na conexão entre as cidades, na conexão entre as cargas, na conexão entre o contratante e contratado. Eu acho que isso é uma nova ordem mundial sobre o transporte e é bom saber que a Scania faz parte dos líderes desse novo processo de inovação.

Como você enxerga essa inovação no futuro? Você acha que sem inovação, sem a Internet das Coisas, sem a conectividade, as empresas não sobreviveriam? Como ficaria isso daqui pra frente?

O nosso desafio como humanidade é fazer com que todo ser humano possa viver esse momento de conexão. E quando você coloca mais inteligência no transporte, você vai ter mais eficiência para distribuir alimentos, insumos agrícolas, e mais eficiência para distribuir num mundo tão rico que dá para incluir todos. A tecnologia, a inovação e a inovação nos transportes vão fazer com que a gente possa incluir aquelas pessoas que às vezes não estavam podendo ver a inovação.

Em quanto tempo? Agora?

Olha, o futuro já começou, ele só está um pouquinho mal distribuído. E é tão difícil falar de momento porque às vezes as pessoas falam assim “ah, isso aqui vai acontecer em 2038”, aí de repente em 2018 já aconteceu. O que eu acho, e eu sou um Techno-Optimist, um otimista racional, é que já começou e acho que são os anos mais fantásticos que nós, seres humanos, estamos vivendo desde que a gente começou a ter a economia a vapor.